“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Geração N

Pais atormentados pela culpa, por trabalharem demais ou por optarem pelo divórcio estão criando filhos narcisistas, a chamada Geração N. Ao temerem a perda do amor dos filhos, são incapazes de lhes impor limites e cedem aos caprichos infanto juvenis sem ponderações. Numa espécie de compensação pela presumida ausência, cedem ao todo e qualquer  pedido dos filhos e exageram em conceder-lhes presentes e elogios. Jamais repreendem e só lhes dão estímulos positivos. Em consequência, as crianças não toleram a frustração de um desejo negado. Daí, os jovens se tornam egocêntricos, acham que são merecedores de tudo e não se esforçam para conseguir as coisas. Também não sabem como agir em situações adversas e são incapazes de respeitar os outros.

Luiz Fernando Conde Sangenis
Niterói RJ

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bebida milagrosa




Se o seu objetivo é ter uma excelente saúde e um corpo cheio
de vitalidade; Tome nota!!!
Esta bebida milagrosa já existia há muito tempo, originalmente os
Médicos naturistas de China recomendavam-na aos doentes.

Conhecemos-la graças ao Sr. Seto, que não é uma celebridade pública,
é um homem normal como todos nós, que comprovou os resultados
desta bebida visto que se curou da doença que padecia.
 O Sr. Seto tinha Câncer de pulmão e comenta que esta bebida lhe foi recomendada por um famoso ervanário da China.

Ele tomou esta bebida, diligentemente, durante 3 meses e agora a sua
saúde restabeleceu-se assombrosamente, tanto assim que, por isso,
o quis torna-lo publico para dar a conhecer as maravilhas de uma
alimentação sã.

É um alimento ao alcance de todos com um custo ínfimo. E é por isso
que o Sr Seto quer chamar a atenção de quem padece de algum tipo
câncer, ou qualquer outra doença, para esta bebida milagrosa que
protege o corpo de tumores malignos e outras doenças auto imunes promovendo a cura.
Esta bebida milagrosa, segundo ele "trava"o desenvolvimento das
células cancerígenas.


ATC-EyoH6vhP34CTs7JA-PA@correio.portugalmail.pt
De que é feita????
A fórmula é muito simples, necessita somente de:

1 Beterraba
2 Cenouras
1 Maçã
É tudo o que precisa para fazer o sumo.!!!!



pwv8QSoH6vhP34CU7eng-PA@correio.portugalmail.pt


Instruções :
Lave
 bem todas as frutas, anteriormente mencionadas, corte-as com
a pele em bocados pequenos, ponha-os na centrífuga e, de
imediato, beba o suco.
Se não tiver centrífuga, bata tudo no liquidificador.



NeVKcioH6vhP34CVQcRg-PA@correio.portugalmail.pt
Se quiser, pode juntar uma laranja para lhe dar um sabor mais
refrescante.
Quando se deve beber.?? De manhã em jejum!!! .... 

Sómente uma hora depois vc deve tomar o café da manhã!!!



27GSLyoH6vhP34CV3Y3A-PA@correio.portugalmail.pt

Para conseguir resultados rápidos tome esta bebida 2 vezes ao dia:
Um
 copo pela manhã e outro uma hora antes do seu jantar


Por favor tome a bebida 
imediatamente depois de ter triturado os
ingredientes.

Este milagre da alimentação será efetivo para as seguintes doenças:


wT4zKCoH6vhP34CWBovA-PA@correio.portugalmail.pt
1)Para:Prevenir o câncer e travar o crescimento das células
cancerígenas.
a)
  do fígado
b)  dos rins
c)  do pâncreas
d) 
e de úlcera também.

2)  Para fortalecer e prevenir :
a)  os pulmões
b)  um ataque cardíaco e a tensão arterial alta.

3)  Para Fortalecer o sistema imunológico.

4) É boa também para:
a) a vista
b) eliminar olhos vermelhos e cansados
 ​​ou secura nos olhos

5)  Para ajudar a eliminar a dor de:
a)  esforço físico (treino intensivo);
b)  dor muscular.

6)  Para desintoxicar
a) ajuda em problema de intestino preso
b) Ajuda no problema do
 acne.

7)  Para melhorar e eliminar:
a) o mau hálito devido à má digestão;
b) a infecção da garganta.

8) Para Diminuir as dores menstruais.

Não há absolutamente nenhum efeito secundário.

É de alto valor nutritivo.

Muito eficaz se necessita perder peso.

Vai dar-se conta que o seu sistema imunológico melhorou  depois de
seguir a rotina durante alguns meses.


POR FAVOR: FAÇA CIRCULAR ESTA MAGNIFICA RECEITA
ENTRE A SUA FAMÍLIA E AMIGOS...
CONTRIBUINDO PARA MELHORAR SUAS VIDAS !!!
suWEUSoH6vhP34CWKOxA-PA@correio.portugalmail.pt




 


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Virada Cultural na Venezuela


O cenário que tende a manter Chávez no poder

POSTED IN: AMÉRICA LATINADESTAQUES
Por: Igor Fuser - 15/09/2012.
Igor Fuser relata: desigualdades ainda são enormes. Mas direitos sociais, investimentos públicos e setor não-capitalista da economia transformaram  a Venezuela
Por Igor Fuser
A Virada Cultural, em Caracas, se chama Rota Noturna e ocorre uma vez por mês. Em julho, bandas de rock, reggae, salsa e outros ritmos embalaram milhares de jovens em pontos espalhados por todo o centro histórico, numa festa que só terminou ao amanhecer. Na edição seguinte, em agosto, a virada caraquenha teve como foco os museus, que ficaram abertos a noite inteira, oferecendo a um público de todas as idades recitais de música e poesia.
Para o visitante brasileiro, submetido ao bombardeio de grande parte da imprensa comercial sobre os horrores da “ditadura chavista”, Caracas é uma agradável surpresa. A população desfruta como nunca do espaço urbano, que vem sendo recuperado depois de décadas de abandono.
Como em qualquer metrópole da América Latina, o contraste social na capital venezuelana é dramático. Situada num estreito vale, com 20 quilômetros no sentido leste-oeste e apenas 4 no eixo norte-sul, a cidade é rodeada por favelas. Nos bairros chiques há mansões suntuosas, várias delas com campos particulares de golfe, luxo incomum no Brasil. Lá moram os donos das fortunas acumuladas graças à renda do petróleo – uma riqueza fabulosa, da qual o povo até recentemente só recebeu as migalhas.
Com a chegada de Hugo Chávez à presidência, no final de 1998, as regras do jogo mudaram. Um gigantesco pacote de programas sociais fez cair o índice de pobreza de 70% para 28%. “Se temos a sorte de ter petróleo, que seja usado em favor do povo”, defende Gustavo Borges, coordenador de uma rede de rádios comunitárias em 23 de Enero, bairro popular que está sendo urbanizado com a instalação de escolas, clínicas de saúde, quadras esportivas e iluminação pública. No ano passado, em viagem ao Brasil, Borges visitou a favela carioca de
Rio das Pedras, e se diz chocado com o que viu: “No teu país, a população mais pobre vive em condições abaixo da dignidade humana”.
A melhora da realidade social venezuelana é, de fato, impressionante. Em Caracas, dois teleféricos recém-inaugurados levam favelados até o alto dos morros. Nas ruas, não se enxerga uma única criança pedindo esmolas ou em situação de risco. Ninguém dormindo na calçada por falta de abrigo. O que mais se destaca na paisagem urbana são os canteiros de obras da Misión Vivienda, projeto governamental que pretende erguer em dois anos 350 mil casas ou apartamentos (mais de 90% já entregues) para a população sem teto ou precariamente instalada, no país inteiro. As moradias populares são espaçosas, construídas com material de qualidade e bem localizadas.
Muitos projetos habitacionais destinados aos mais pobres se situam em bairros de classe média, rompendo a segregação social no espaço urbano. Nem sempre os recém-chegados são recebidos com simpatia. “Existem pessoas de classe média que não aceitam viver ao lado dos pobres”, constata o arquiteto Francisco Farruco, um dos coordenadores da Misión Vivienda. “Eles consideram o nível de educação dos novos moradores inferior, ou inadequado seu comportamento, o que é muito discutível.” Para Farruco, esses conflitos são inevitáveis em um país que está reduzindo a desigualdade. Nas suas palavras: “O sonho de transformar Caracas passa por integração. Estamos construindo uma cidade que rompa com barreiras sociais”.
Erudição popular
Os sinais dessa mudança são muito claros. Como jornalista, viajei a Caracas várias vezes na década de 1990. Minha lembrança é de um lugar decadente e perigoso. Agora me surpreendi ao caminhar pela Sábana Grande, o centro comercial da cidade, limpo, bem iluminado e seguro. Numa esquina, um mágico reúne a seu redor dezenas de curiosos. Ali perto, crianças se divertem nos equipamentos recreativos instalados pela estatal Petróleos de Venezuela. A reurbanização daquela área faz parte de um imenso projeto de recuperação do espaço urbano, o que inclui teatros, centros esportivos, praças e monumentos históricos.
Entre os investimentos públicos, a ênfase à cultura chama atenção. Não por acaso, nos trens do metrô de Caracas se ouve música clássica o dia inteiro. É comum a presença de jovens carregando instrumentos. São alunos do Sistema Venezuelano de Orquestras, uma referência internacional. O país é, talvez, o único do mundo em que um maestro – Gustavo Dudamel, da Orquestra Sinfônica de Caracas – é um ídolo de massas.
A paisagem remodelada tem como pano de fundo uma transformação social mais profunda, que inclui a elevação da renda dos trabalhadores. Em 2011, a remuneração média teve um aumento real de 8,5% e o novo salário mínimo, anunciado em maio deste ano, um reajuste de 33,5%. A inflação, porém, é muito alta, 27% em 2011. O congelamento dos preços de 19 produtos essenciais garante uma relativa proteção ao poder de compra. E uma gigantesca rede de mercados e feiras livres estatais (a Mercal) oferece todos os itens da cesta básica pela metade dos preços do comércio privado.
Sem surpresas
A legislação trabalhista que entrou em vigor em maio amplia direitos dos assalariados em uma escala sem paralelo em qualquer outro país. O benefício em caso de demissão sem justa causa equivale à remuneração de 105 dias por ano de serviço. A trabalhadora que dá à luz ganha seis meses e meio de licença e tem garantia de emprego por dois anos. Ainda assim, a parcela da mão de obra com carteira assinada tem aumentado, e o desemprego se situa atualmente em 7,5%, um índice próximo ao brasileiro.
O “socialismo do século 21″, como Chávez batizou seu projeto político, convive com um setor privado que controla 70% da economia e garante gordos lucros aos empresários, graças à elevação do consumo popular. Do outro lado, as empresas controladas diretamente pelos trabalhadores crescem na preferência dos consumidores, com produtos como os laticínios Los Andes (vendidos até mesmo nas padarias dos bairros ricos) e o café La Fama de América, exportado para Europa e Estados Unidos. Na embalagem, essas mercadorias trazem sempre uma pequena frase, rodeada pelo desenho de um coração: Hecho en Socialismo.
Há ainda conquistas extraordinárias – que não caberão neste espaço – em educação, saúde e na participação política dos cidadãos, que se organizam em conselhos comunitários (mais de 40 mil, em todo o país) para fiscalizar as autoridades e definir investimentos públicos para as regiões onde moram. Como nada disso é divulgado na imprensa brasileira, na qual Chávez é apontado diariamente como um tirano grotesco, imagino a dificuldade dos leitores em entender o fato de ele liderar as pesquisas para as eleições de outubro com uma vantagem de 15 a 25 pontos sobre seu adversário direitista. Para quem conhece a verdadeira face da Venezuela, não há nisso surpresa alguma.

sábado, 15 de setembro de 2012

Penicilina - Ela foi descoberta em 15 de setembro de 1928


Wikipédia, a enciclopédia livre.  
penicilina G é um antibiótico natural derivado de um fungo, o bolor do pão Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Ela foi descoberta em 15 de setembro de 1928, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming e está disponível como fármaco desde 1941,[1] sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso.[2]
O nome penicilina é usado também para outros antibióticos relacionados.
A penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu laboratório noHospital St. Mary em Londres.[1] Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colônias deste não havia mais bactérias. Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do gênero Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Esta foi obtida em forma purificada por Howard FloreyErnst Chain e Norman Heatley, daUniversidade de Oxford, muitos anos depois, em 1940. Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade. Em1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época. Ele melhorou bastante após a administração do fármaco, mas veio a falecer quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam oPrémio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados naSegunda Guerra Mundial. Durante muito tempo, o capítulo que a penicilina abriu na história da Medicina parecia prometer o fim das doenças infecciosas de origem bacteriana como causa de mortalidade humana.A penicilina ajudou muito a sociedade daquela época e hoje também.
Tem-se dito que muitas descobertas científicas são feitas ao acaso. O acaso, já dizia Pasteur, só favorece aos espíritos preparados e não prescinde da observação. A descoberta da penicilina constitui um exemplo típico. Alexander Fleming, bacteriologista do St. Mary's Hospital, de Londres, vinha já há algum tempo pesquisando substâncias capazes de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas. Essa preocupação se justificava pela experiência adquirida na Primeira Grande Guerra (1914-1918), na qual muitos combatentes morreram em conseqüência da infecção em ferimentos profundos. Em 1922 Fleming descobrira uma substância antibacteriana na lágrima e na saliva, a qual dera o nome de lisozima. Em 1928 Fleming desenvolvia pesquisas sobre estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da penicilina deu-se em condições peculiaríssimas, graças a uma seqüência de acontecimentos imprevistos e surpreendentes.
No mês de agosto daquele ano Fleming tirou férias e, por esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa, em lugar de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural.[1] Quando retornou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo, fato que é relativamente freqüente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Neste exato momento entrou no laboratório um seu colega, Dr. Pryce, e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes ao seu colega sobre as culturas de estafilococos que estava realizando, quando notou que havia, em uma das placas, um halo transparente em torno do mofo contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior.
O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium, donde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a empregá-la em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação.
A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Em 1940, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina - a era dos antibióticos. Alguns anos mais tarde, Ronald Hare, colega de trabalho de Fleming, tentou, sem êxito, "redescobrir" a penicilina em condições semelhantes às que envolveram a descoberta de Fleming. Após um grande número de experiências verificou que a descoberta da penicilina só se tornou possível graças a uma série inacreditável de coincidências, quais sejam: O fungo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium; O fungo contaminante teria vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos;[1] O crescimento do fungo e dos estafilococos se fez lentamente, condição necessária para se evidenciar a lise bacteriana; No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, sobreveio uma inesperada onda de frio em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da cultura; A providencial entrada do Dr. Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas e observasse o halo transparente em torno do fungo, antes de sua inutilização. Apesar de todas essas felizes coincidências, se Fleming não tivesse a mente preparada não teria valorizado o halo transparente em torno do fungo e descoberto a penicilina.
[editar]Estrutura químicaEstrutura geral das penicilinas.
As penicilinas contêm um anel activo, o anel beta-lactâmico, que partilham com ascefalosporinas. As penicilinas contêm um núcleo comum a todas elas e uma região que varia conforme o subtipo. Todas penicilinas têm a mesma estrutura básica: ácido 6 aminopenicilanico, um anel tiazolidina unido a um anel beta lactamico que leva um grupo amino livre.
[editar]Mecanismo de ação
Todos os antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) interferem na síntese de parede celular bacteriana, através de sua ligação com as enzimas PLP. A penicilina acopla num receptor presente na membrana interna bacteriana (PBP) e interfere com a transpeptidação que ancora o peptidoglicano estrutural de forma rígida em volta da bactéria. Como o interior desta é hiperosmótico, sem uma parede rígida há afluxo de água do exterior e a bactéria lisa (explode).
O principal mecanismo de resistência de bactérias à penicilina baseia-se na produção de Beta-lactamases, enzimas que degradam a penicilina impedindo sua ação. Outro mecanismo de ação da penicilina é a inativação do inibidor das enzimas autolíticas na parede celular. Isto dá, como resultado, a lise celular.
[editar]Usos terapêuticos
Há dois tipos principais de penicilina:
  1. A Penicilina G ou benzilpenicilina, foi a primeiramente descoberta é geralmente injectavel (intra-venosa ou intra-muscular) ainda que existam formas bucais para tratamento dental. Ela é mal absorvida a partir do intestino por isso a via oral não é utilizada.
  2. A Penicilina V ou fenoximetilpenicilina é geralmente administrada por via oral e é absorvida para o sangue ao nível intestinal.
As penicilinas são eliminadas por secreção tubular nos rins.
É a primeira escolha para infecções bactérianas causadas por organismos Gram-positivos e outros que não sejam suspeitos de resistência.
É geralmente eficaz contra espécies Gram+ ou de StreptococcusClostridiumNeisseria, e anaérobios excluindo Bacteroides. Usa-se em casos de meningite bacteriana, bacterémiaendocardite, infecções do tracto respiratório (pneumonia), faringite,escarlatinasífilisgonorreiaotite média e infecções da pele causadas pelos organismos referidos.
A Penicilina já não é a primeira escolha em infecções por Staphylococcus devido a resistência disseminada nesse género.
[editar]Efeitos indesejados
A penicilina não tem efeitos secundários significativos, mas pode raramente causar reações alérgicas e até choque anafiláticonos indivíduos susceptíveis.
Sintomas iniciais nesses casos podem incluir eritemas cutâneos disseminados, febre e edema da laringe, com risco de asfixia. A sua introdução por injeção no organismo também é conhecida por ser dolorosa.
Além disso uso prolongado ou em altas doses pode causar deplecção da flora normal no intestino e suprainfecção com espécie patogénica.
[editar]Fármacos derivados
Existem muitos antibióticos derivados por métodos químicos industriais da penicilina, constituindo as penicilinas semi-sintéticas:
[editar]Ver também
Referências
  1. ↑ a b c d FLEMING, O ACASO E A OBSERVAÇÃO  (em português). Cultura.com. Página visitada em 15 de setembro de 2012.
  2.  Penicilina (Benzetacil)  (em português). Tua Saúde. Página visitada em 15 de setembro de 2012.

domingo, 9 de setembro de 2012

Pensamento

Quando ama, o homem se dá em parte; a mulher, inteiramente.
Luiz Carlos do Nascimento - folhinha Coração de Jesus em 8 de setembro de 2012

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O racismo nas redações



A barca chegou, foi embora e eu fiquei. Buscamos um banco ali por perto e ouvi sua história ou o que dela ele ainda se lembrava. Não conhecera seus pais, fora adotado por uma tia e cresceu correndo atrás da familia biológica, que nunca encontrou. Na juventude, aprendera a ler e a escrever com a ajuda de uma professora para quem fazia pequenos serviços domésticos. Foi arrumando a biblioteca de um escritor famoso que conheceu o prazer da leitura dos jornais e dos livros. 
Nunca se casara, namorara pouco, era reconhecidamente um solitário. Mas queria muito ser jornalista. Conseguiu terminar o segundo grau, passou no ainda fácil vestibular para a PUC e, melhor ainda, deram-lhe uma bolsa integral. Trabalhar num grande jornal não era apenas o sonho da elite intelectual de então. Anselmo, negro, pobre, de pais desconhecidos, também sonhava com isso.

Martírio e esperança
O nome hoje é bullying, mas pode-se chamá-lo por vários outros nomes, alguns aqui impublicáveis. Dizem os psicanalistas que é coisa de criança e adolescentes, geralmente. Nem sempre. A maldade humana nunca conheceu seus próprios limites, atestam a História e o que dela se conhece. Muitas vezes, corri atrás de Anselmo, para tirar de suas costas bilhetes maldosos ali pregados e que ele corria o risco de levar para a rua. Disfarçava, dizendo que estava tirando pó do casaco. Ele ria, mas acreditava ou fingia que.
Vez por outra, mandavam-no à sala dos copidesques, sob pretexto que estava sendo ali chamado. Território proibido para os não iniciados, era corrido de lá de forma humilhante. Um dia descobri porque chegava todo amassado à redação: dormia na rua, em qualquer banco, em qualquer praça. Tomava banho no próprio jornal, usando o banheiro do pessoal da limpeza. Com o tempo percebi que, à medida que as “brincadeiras” aumentavam, aumentava, também, o imenso sentimento de rejeição que o atormentava, traduzido nas piadas e nas maldades miúdas cada vez mais criativas. 
Algumas vezes tinha que ir buscá-lo no Simpatia, um bar das proximidades, muito frequentado pela galera das redações localizadas no centro da cidade. Os rapazes da limpeza o empurravam chuveiro abaixo, enquanto eu e Fontes providenciávamos um reforçado café. Em algumas situações não o deixava chegar à redação, só pioraria seu estado emocional. Devolvia-o ao mundo. Um dia sumiu.
O tempo passou, a madrugada chegou, a família se apavorou porque eu não chegava. Marido e filha já me procuravam, temendo o pior. Mas lá estava eu, ouvindo o que para todos era uma esquisita conversa entre uma provável maluca e um mendigo. Anselmo não suportara a vida como ela se apresentava naquela conturbada década de 1960. Fora humilhado acima do que lhe seria suportável, descobrira que não tinha estrutura emocional para tanto. O esforço de alguns poucos também não fora suficiente para ajudá-lo. O passado estava sempre presente; o álcool, sua única droga, era seu principal alento. Comia o que lhe davam, quando lhe davam. Conhecera a poesia e, quando não estava com sua latinha em busca de alguns trocados pelas ruas do centro da cidade, sentava no banco e escrevia.
Pedi para ver. Ele tirou de um envelope, que um dia fora branco, um punhado de papéis com alguns incompreensíveis garranchos escritos a lápis. Não deixou que eu levasse. Eram garranchos, ele reconhecida, mas era tudo que sobrara de uma época em que o martírio se juntou à esperança. Venceu o primeiro.
O que faz a diferença
Anselmo morreu e foi enterrado como indigente. Ainda o procurei lá pela Praça 15 e arredores, mas nunca mais o encontrei. Soube pelos outros mendigos da área que havia morrido e estava enterrado, provavelmente, em um cemitério localizado em Ricardo Albuquerque, subúrbio da Zona Oeste do Rio, e único em todo o estado voltado para o sepultamento de indigentes e de cadáveres produzidos pela polícia. Sofria de diabetes em grau elevado, que nunca tratou. Quando ainda estava no JB, várias vezes lhe perguntei a quem deveria procurar, caso adoecesse. Fugia da resposta, como se o assunto fosse um doloroso tabu.
Infelizmente, casos como o do Anselmo não são raros em nossas redações, embora o dele tenha sido o mais trágico, pela forma como era humilhado publicamente. Meus heróis eram de barro e Anselmo, entre outros, me mostrou isso. Também não foi o único que socorri em situação desesperadora. E nem sempre o álcool foi o maior problema. A droga fez muitas vítimas também. A Aids levou amigos e colegas queridos. Que tipo de ajuda poderiam receber de seus próprios pares e das empresas onde trabalhavam? Muita, mas eram ignorados, além de ridicularizados. Faziam parte, como numa espécie de catarse coletiva, daquela porção folclórica das redações.
Por que nada se publica a respeito? De que e de quem temos medo? Por que essa blindagem em torno de uma realidade que ninguém desconhece? Para nos manter como heróis perante essa garotada desinformada que sai das universidades sem a menor noção para onde estão indo? Por que posamos de deuses, se não passamos de seres humanos fragilizados por um trabalho que, se numa ponta nos gratifica, na outra nos mata aos poucos?
O jornalismo brasileiro não precisa de heróis. Ele precisa, isso sim, de profissionais qualificados, éticos, menos comprometidos com a fama e mais com o bom sentimento do dever cumprido, em todos os níveis. Principalmente, mais coerentes com aqueles princípios que fazem a diferença entre os bons e os maus. 
Ouvi de um grande brasileiro uma frase que marcou a minha vida em muitos sentidos: a gente conhece os bons não tanto pelo que fazem, mas justamente pelo que NÃO fazem.
Para ter acesso a todo o texto, clique aqui.