“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Uma aula de vandalismo

Por Luciano Martins Costa em 10/10/2013 A semana que começou com a surpreendente aliança entre o PSB e a musa da Rede Sustentabilidade se completa na quinta-feira (10/10) com o espanto provocado pelo apoio dado publicamente pelo sindicato dos professores do Rio ao movimento conhecido como Black Bloc. Em manifesto distribuído pela direção da entidade, os funcionários da educação pública estabelecem uma linha de combate na qual o Estado, representado pela Polícia Militar, é o inimigo, enquanto os vândalos são tratados como aliados, uma espécie de sistema de segurança informal dos grevistas – agora devidamente formalizado. Diz o documento divulgado pelos jornais que os professores “defendem “incondicionalmente os Black Blocs das ações policiais”. Mais adiante, afirma: “O Estado e seus gestores [citando o governador e o prefeito do Rio] iniciaram uma ofensiva militar contra os movimentos sociais e a nossa greve, através de choques, bombas e sprays de pimenta. Devemos nos defender e seguir nas ruas”. Portanto, conclui o manifesto, os grevistas precisam “organizar a sua própria autodefesa (sic) contra as ações dos policiais”. Ora, se os professores consideram necessário, como dizem, “se defenderem a si próprios” contra os representantes do Estado, e para isso convocam e convalidam a tática destrutiva dos Black Blocs, é de se perguntar por que razão não buscam proteção mais eficiente, convocando as milícias e o narcotráfico para fazer o enfrentamento com a polícia. Afinal, se houve recentemente algum avanço no conflagrado ambiente social do Rio de Janeiro, que mantinha grande parte da sociedade refém das quadrilhas que dominavam as favelas, os narcotraficantes e sua contraparte, as milícias formadas por policiais corruptos, são inimigos naturais do governo do Estado. Ao convocar os Black Blocs como sua guarda particular, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação está declarando uma guerra ao Estado ao qual seus representados são vinculados, não ao governo circunstancial. Curiosamente, a greve e todas as manifestações que têm resultado em violência e depredações são justificadas por uma suposta campanha “em defesa da educação pública de qualidade”. Se, em defesa do ensino público, os mestres admitem o uso da violência, como reagirão quando os estudantes resolverem depredar as escolas, símbolos da incúria na educação? Cui bono? Imagine o leitor ou leitora qual será o resultado, sobre os adolescentes das escolas públicas do Rio, da declaração de uma entidade da educação em favor de grupos de indivíduos que, mascarados, se dedicam a atacar o patrimônio público e sedes de empresas, em nome de uma cruzada contra... contra o quê, mesmo? Considere-se, então, o efeito dessa mensagem circulando nas redes sociais digitais como uma convocação geral ao confronto, sem uma reflexão sobre possíveis consequências de uma conflagração geral nas ruas da cidade. Façamos, então, aquela pergunta básica dos latinos: “Cui bono”, ou seja, a quem beneficia tal circunstância? Se o leitor crítico revisitar o histórico das manifestações que eclodiram nas grandes cidades brasileiras a partir do mês de junho, vai observar que elas tinham um foco original, a mobilidade urbana, mas essa reivindicação central catalisava um sentimento difuso de mal-estar com a persistência de problemas institucionais, como a má qualidade da educação e da saúde, a inoperância da Justiça, a baixa representatividade do sistema político e os altos índices de violência, aí incluída a arbitrariedade policial. Era, portanto, um conjunto de causas dispersas que apontavam para o mau funcionamento das instituições da República. No entanto, o ingresso dos grupos organizados de predadores anônimos desviou a direção dos protestos para figuras específicas, o que tornou o movimento vulnerável a manipulações. Essa talvez seja a causa do refluxo dos protestos originais, que mudou o perfil dos manifestantes e a natureza das passeatas – em vez dos milhares de pessoas caminhando pacificamente com seus cartazes, o que se vê desde então é a ação dos grupos de vândalos, cada vez mais organizados, se apropriando das causas coletivas para exercer seu propósito destrutivo. Centenas de páginas já foram publicadas pela imprensa na tentativa de explicar esse fenômeno. Alguns fazem paralelos com as barricadas de 1968, recortando a História como quem seleciona figurinhas num álbum. Esse é um debate sem fim, mas o essencial pode ser apreendido no senso comum segundo o qual é preciso desconfiar de toda tática que tenta ocultar a estratégia que a motiva. A imprensa condena liminarmente a ação dos Black Blocs, mas ainda não se dispôs a investigar a quem eles servem. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/uma_aula_de_vandalismo

domingo, 6 de outubro de 2013

Os cães também são gente

Traduzido por Google Para os últimos dois anos, meus colegas e eu tenho treinado cães para ir em um scanner de ressonância magnética - completamente acordado e desenfreado. Nosso objetivo foi determinar como o cérebro dos cães funcionam e, ainda mais importante, o que eles pensam de nós seres humanos. Agora, depois de treinar e digitalização de uma dúzia de cães, minha única conclusão inevitável é esta: os cães são pessoas, também. Porque os cães não podem falar, os cientistas basearam-se em observações comportamentais para inferir o que os cães estão pensando. É um negócio complicado. Você não pode pedir um cachorro por que ele faz alguma coisa. E você certamente não pode perguntar a ele como ele se sente. A perspectiva de desentocar emoções animais assusta muitos cientistas. Afinal de contas, pesquisas com animais é um grande negócio. Foi fácil de contornar as perguntas difíceis sobre a sensibilidade e as emoções animais, porque eles têm sido incontestável. Até agora. Ao olhar diretamente em seus cérebros e ignorando as limitações do behaviorismo, a ressonância magnética pode nos dizer sobre os estados internos cães. Ressonância magnética são realizados em voz alta, espaços confinados. As pessoas não gostam deles, e você tem que segurar absolutamente imóvel durante o procedimento. Prática veterinária convencional diz que você tem para anestesiar animais para que eles não se movem durante uma varredura. Mas você não pode estudar o funcionamento do cérebro em um animal anestesiado. Pelo menos não alguma coisa interessante como a percepção ou emoção. Desde o início, nós tratamos os cães como pessoas. Tivemos um termo de consentimento, que foi modelado após o consentimento de uma criança, mas assinado pelo proprietário do cão. Enfatizamos que a participação era voluntária e que o cão tinha o direito de abandonar o estudo. Nós usamos somente os métodos de treinamento positivos. Nenhuma sedação. Não há restrições. Se os cães não queria estar no scanner de ressonância magnética, eles poderiam sair. Mesmo que qualquer voluntário humano. Meu cachorro Callie foi o primeiro. Resgatado de um abrigo, Callie era uma mistura magro preto terrier, que é chamado de Feist nos Apalaches do sul, de onde ela veio. Fiel às suas raízes, ela preferiu caçar esquilos e coelhos no quintal para enrolar-se no meu colo.Ela tinha uma curiosidade natural, o que, provavelmente, ela desembarcou no abrigo, em primeiro lugar, mas também fez a formação de uma brisa. Com a ajuda do meu amigo Mark Spivak, um treinador de cães, que começou a ensinar Callie para entrar em um simulador de ressonância magnética que eu construí na minha sala de estar. Ela aprendeu a subir degraus em um tubo, colocar a cabeça em um descanso de queixo personalizado equipado, e mantenha-rock ainda por períodos de até 30 segundos. Ah, e ela teve que aprender a usar protetores de ouvido para proteger sua audição sensível dos 95 decibéis de ruído do scanner faz. Depois de meses de treinamento e alguma tentativa e erro no scanner de ressonância magnética real, fomos recompensados ​​com os primeiros mapas da atividade cerebral. Para os nossos primeiros testes, medimos a resposta do cérebro de Callie a dois sinais com a mão no scanner. Em experimentos posteriores, ainda não publicado, determinou-se que partes do seu cérebro distingue os aromas de cães e seres humanos familiares e não familiares. Em breve, a comunidade local do cão aprendeu de nossa busca para determinar o que os cães estão pensando. Dentro de um ano, tínhamos montado uma equipe de uma dúzia de cães que eram todos "MRI-certificada." Apesar de estarmos apenas começando a responder perguntas básicas sobre o cérebro canino, não podemos ignorar a notável semelhança entre cães e seres humanos, tanto na estrutura e função de uma região chave do cérebro: o núcleo caudado. Rica em receptores de dopamina, o caudado fica entre o tronco cerebral eo córtex. Nos seres humanos, o núcleo caudado desempenha um papel fundamental na antecipação de coisas que gostamos, como a comida, amor e dinheiro. Mas podemos inverter esta associação ao redor e inferir o que uma pessoa está pensando apenas medindo a actividade caudado? Devido à enorme complexidade da forma como as diferentes partes do cérebro estão ligados um ao outro, geralmente não é possível fixar uma única função cognitiva ou emoção de uma única região do cérebro. Mas o núcleo caudado pode ser uma exceção. Partes específicas do caudado se destacam por sua ativação consistente para muitas coisas que os seres humanos gostam. Ativação caudado é tão consistente que, sob as circunstâncias corretas, pode prever as nossas preferências por comida, música e até mesmo a beleza. 1 2 PRÓXIMA PÁGINA » Gregory Berns é professor de neuroeconomia da Emory University e autora de "Como Cães Amor Us: A neurocientista e seu cão adotado Decodificar o cérebro canino". A versão deste op-ed aparece na imprensa em 6 de outubro de 2013, na página SR 5 da edição de Nova York , com o título: Os cães são pessoas, também. http://www.nytimes.com/2013/10/06/opinion/sunday/dogs-are-people-too.html?smid=fb-nytimes&WT.z_sma=OP_DAP_20131006&_r=0

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Conheça um grande traíra

Grande traíra: Roberto Freire, o capacho da direita http://altamiroborges.blogspot.com/2013/10/roberto-freire-o-capacho-da-direita.html?spref=tw