“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Desculpe a nossa Falha!

O marronzinho da Folha de S.Paulo, por Fábio de Oliveira Ribeiro

O Jornal de todos Brasis
Corre um boato de que o trabalhado mais difícil na atualidade é aquele atribuído à Ombudsman da Folha de São Paulo. De fato, é impossível desmentir dezenas de páginas de um jornal numa única coluna.  Tudo indica que a Folha de São Paulo se transformou num exemplo típico de imprensa marrom https://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa_marrom
Os primeiros indícios deste fenômeno remontam à comprovada ficha falsa de Dilma Rousseff que o jornal alegou que poderia ser verdadeira. Antes disto, porém, o dono do jornal havia chamado a ditadura de ditabranda. A dita certamente foi branda com os barões da mídia. A família Herzog, contudo, sabe exatamente como a dita tratou de forma dura os jornalistas.  
A tentação da mentira é imensa. Considerado um pecado capital pelos judeus, o falso testemunho tem sido fonte de miséria e sofrimento desde tempos imemoriais. Julio César, ele mesmo um consumado mentiroso que encobriu as brutalidades que cometeu na Gália e na Espanha, disse que em seu Belum Civile:  
“Nonnulla etiam ab iis qui diligentiores uideri uolebant fingebantur”    
“Algumas notícias eram fruto da imaginação mesmo daqueles que queria passar por mais bem informados.” (A Guerra Civil  - edição bilíngüe, tradução de Antonio da Silveira Mendonça, Estação Liberdade,  São Paulo, 1999, p. 170-171) 
Impossível esquecer que George Bush Jr. conseguiu invadir o Iraque repetindo a exaustão que Saddan Hussein tinha armas de destruição em massa. A imprensa dos EUA repetiu estas mentiras como se fossem verdades inquestionáveis e, mesmo depois de admitir seu erro, sequer cogitou a necessidade de indenizar os familiares dos iraquianos despedaçados e mortos durante a sangrenta campanha imperial norte-americana.  
As mentiras contadas pelo governo norte-americano para iniciar a segunda Guerra do Iraque lembram muito aquelas que foram contadas para justificar a Guerra do Vietnan. Sobre estas disse Hannah Arendt:  
"Em circunstâncias normais o mentiroso é derrotado pela realidade para a qual não há substituto; por maior que seja a rede de falsidade que um experimentado mentiroso tenha a oferecer, ela nunca será suficientemente grande para cobrir toda a imensidão dos fatos, mesmo com a ajuda de um computador. O mentiroso que consegue enganar com quantas falsidades comuns quiser, verá que é impossível enganar com mentiras de princípios. Esta é uma das lições que podiam ser apreendidas das experiências totalitárias e da assustadora confiança de seus dirigentes no poder da mentira  - na capacidade de, por exemplo, reescreverem a história uma e outra vez para adaptar o passado à 'linha política' do momento presente, ou de eliminarem dados que não se ajustam às suas ideologias." (Crises da República, Hannah Arendt, Perspectiva, São Paulo, 2013, p. 16/17) 
Nós não estamos em guerra. Mas a imprensa paulista parece ter declarado guerra ao governo do PT. Em razão disto, a Folha de São Paulo rebola para produzir e divulgar mentiras que realcem a justiça da pretensão dos golpistas e que desmereçam os argumentos racionais em favor da preservação do mandato da presidenta eleita pelos brasileiros. 
O princípio do poder é a realização de eleições e o respeito ao Tribunal que as organiza, proclama o resultado e empossa os candidatos eleitos. Uma parcela da mídia, contudo, parece querer ela mesma eleger o presidente do Brasil, como se o país não tivesse um povo ou como se este mesmo povo não pudesse ser dotado de soberania. O golpe vira impedimento e este se torna um substituto para o poder do povo, cabendo aos donos dos jornais dizer não só quem não será o presidente como quem pode receber a faixa presidencial. 
A guerra não é um princípio. Mas certamente começará em razão da negação do mesmo. Quem perde a eleição não governa. Quem ganha governa até o fim do mandato. Qualquer outra solução levará inevitavelmente à destruição de toda e qualquer possibilidade de coexistência pacífica entre os partidos políticos, entre o exército e seu povo e entre aqueles que fazem parte deste e votam de maneira distinta. 
Octavio Frias de Oliveira Filho era um mentiroso sofisticado. Nos últimos meses ele se transformou num boneco de ventríloquo. Quem está puxando as cordinhas que fazem seus lábios se moverem e dita as enfadonhas cantigas de maldizer publicadas na Folha de São Paulo e que estão levando o país para o abismo?  
Ao ver uma foto do dono da Folha hoje lembrei de outra figura caricata do jornalismo brasileiro: o Marronzinho https://pt.wikipedia.org/wiki/Marronzinho. Não foi ele que inventou a imprensa marrom, mas ele a produziu muito e se deu mal. Há alguns anos atrás, após ter cumprido pena e ser convertido em nome de Jesuis, ele ainda podia ser visto na Rua Antonio Agu (no centro de Osasco-SP) fazendo arengas evangélicas num megafone. Se não tomar cuidado, Otavinho poderá substituir Marronzinho em breve.  
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/o-marronzinho-da-folha-de-spaulo-por-fabio-de-oliveira-ribeiro

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Memórias do esgoto paulista, por Fábio de Oliveira Ribeiro

A imprensa paulista trata o governo de São Paulo como um bem sucedido laboratório do neoliberalismo tucano. Mas a verdade é que o estado bandeirante se transformou num verdadeiro inferno das populações rejeitadas pelos tucanos.
A Sabesp privatizada secou as represas e distribuiu seu lucro na Bolsa de New York. Shoppings e empresas de grande porte pagam uma ninharia pela água caríssimo distribuída nas periferias pobres que, além disto, estão sujeitas a um racionamento não admitido oficialmente.
A Eletropaulo também foi privatizada. A empresa reduziu suas equipes de manutenção para maximizar os lucros que remete para sua matriz norte-americana. Quando há interrupção do serviço as áreas consideradas nobres tem prioridade de atendimento. As periferias pobres são esquecidas e os pedidos de indenização distribuídos na Justiça contra a empresa se multiplicam. Tenho um colega que defendeu várias famílias numa destas ações porque a Eletropaulo deixou sem energia por 22 dias uma rua inteira na periferia de Osasco.
A PM não foi privatizada, mas se transformada num exército de jagunços que brutalizam as periferias pobres. Durante a gestão de Kassab na Prefeitura, centenas de favelas foram incendiadas, mas nenhum incendiário foi preso. Aqueles que incendiaram os arquivos do Metrô também estão soltos. O direito de protestar contra os abusos governamentais praticados pelos tucanos não existe. A liberdade de imprensa foi suspeita ou revogada. A violência policial em São Paulo está se virando contra os próprios jornalistas das empresas de comunicação que protegem o governador.
O Metrô e a CPTM não foram privatizados, mas tem sido sistematicamente saqueados há décadas. A roubalheira tucana nestas empresas públicas se tornou tão grande e impossível de não ser vista que gerou algumas consequencias. O Ministério Público de São Paulo processou as empresas que participaram do golpe, mas isentou de qualquer responsabilidade os agentes políticos que o organizaram e dele se beneficiaram. A teoria do domínio, aplicada contra petistas em Brasília a pedido de Folha, Veja, TV Gazeta e Estadão, foi esquecida quando os suspeitos eram tucanos paulistas.
Geraldo Alckmin e José Serra construíram dezenas de presídios. Há alguns dias o governador de São Paulo resolveu fechar centenas de escolas públicas. Alckmin pretende reformar os prédios das mesmas para transforma-los em novas unidades da Fundação Casa? Nos últimos 20 anos nenhuma universidade foi construída em São Paulo. De fato ambos pretendiam privatizar a USP e isto explica terem escolhido a dedo reitores comprometidos com o sucateamento da instituição. Quando os estudantes ousam se manifestar a PM invade o campus com a violência costumeira que emprega fora dele.
As chacinas estão se tornando uma triste realidade na periferia de São Paulo. Há bairros que vivem sob um “estado de sítio” não oficial. A liberdade de ir e de vir dos cidadãos mais pobres está sendo suspensa com a conivência do comando geral da PM. De fato, o medo de ser vítima de um “esquadrão de morte” só não incomoda os moradores dos bairros nobres onde os mesmos estão proibidos de operar. Uma chacina em Osasco foi filmada. A ação dos criminosos revelou treinamento policial. Vários PMs foram presos, todos os suspeitos já foram soltos. A julgar pena natureza perversa e criminosa da quadrilha que tomou de assalto o Palácio dos Bandeirantes, suponho que os pistoleiros da PM tenham sido premiados: mortos não fazem filhos e, portanto, mais escolas poderão ser fechadas por Alckmin no futuro.
A CF/88 prescreve o princípio da publicidade. A tirania de São Paulo, contudo, tem se devotado apenas ao princípio do segredo. A PM exigiu e conseguiu sigilo total sobre os gastos que teve ao reprimir violentamente manifestações de rua há alguns anos. Os documentos do Metrô foram queimados numa típica operação paramilitar disfarçada de invasão seguida de roubo. Que objeto valioso poderia se roubar num depósito de documentos? Alckmin tentou esconder do público até mesmo os documentos que se referem às falhas no serviço do Metrô. Propaganda favorável é o único produto jornalístico admitido em São Paulo. Alguém ficaria surpreso se a sede Carta Capital, uma revista pequenina e valente que tenta se opor ao modo tucano de governar, for vítima de um incêndio acidental?
A tirania em que se transformou o governo de São Paulo é um fato evidente para qualquer pessoa medianamente inteligente. Contudo, os tiranos tucanos nunca são denunciados pela grande imprensa paulista. Folha, Veja, Estadão e TV Gazeta se tornaram elementos chaves do “poder tucano” e recebem centenas de milhões de reais anualmente para falar bem de Geraldo Alckmin e José Serra, para acobertar os podres de ambos e para proteger os tiranos tucanos quando alguém os critica.
O TJSP e o Ministério Público local também parecem ter jurado lealdade total e incondicional ao tucanato paulista. Nenhum tucano graúdo é denunciado ou condenado e até os PMs assassinos parecem estar ganhando “carta branca” para manchar a periferia de sangue. Ao invés de governar para o povo e com o povo, os tucanos declararam guerra a uma parcela do povo. Em São Paulo os “menos paulistas” não tem direitos constitucionais, nem segurança. Segundo alguns, eles não deveriam nem mesmo ter direito a voto, pois elegeram Haddad prefeito das ciclovias.
A quem serve o governo tucano? Geraldo Alckmin, José Serra e quadrilha ilimitada são os fiéis escudeiros dos “mais paulistas”, daqueles que toleram os abusos financeiros dos tucanos, aplaudem a violência da PM quando esta dispersa manifestações e, sobretudo, desejam “esquadrões da morte” atuando nas periferias. O poder tucano representa os cidadãos exemplares que consomem propaganda como se fosse notícia e destilam seu ódio racial contra negros e nordestinos (vítimas preferidas dos PMs e dos esquadrões da morte) através de comentários no Twitter e no Facebook.
A elite do esgoto governa com mão de ferro um esgoto chamado São Paulo. E o silêncio obsequioso do Ministério Público Federal, confortavelmente instalado em seu luxuoso prédio em Brasília, é a cereja no bolo de merda que os “menos paulistas” são obrigados a engolir à medida que a CF/88 vai sendo diariamente rasgada em São Paulo. 

http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/memorias-do-esgoto-paulista-por-fabio-de-oliveira-ribeiro

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

NO RITMO DA CREMALHEIRA

Sistema pioneiro acelera transporte de cargas entre São Paulo e Baixada Santista

Reflita: o que você faz em até 16 minutos?

Compras da semana em um supermercado?

Podem durar muito mais do que isso

Consegue atendimento em uma agência bancária?

Bancos insistem em tirar a
paciência dos clientes

Viaja entre as cidades da Baixada Santista?

Pouco provável que consiga sair e chegar ao destino nesse tempo

Cada segundo conta e o tempo, hoje, é precioso. Mas nesses 16 minutos também é possível subir a Serra do Mar. E a opção não é um helicóptero, que leva meia hora para fazer o trajeto.

O tempo recorde é atingido
por uma das maiores e
mais potentes locomotivas
elétricas em funcionamento
em todo o mundo.


Tratam-se dos trens de carga que circulam no trecho chamado de Serra da Cremalheira,
que interliga a Vila de Paranapiacaba, na Região Metropolitana de
São Paulo, até Cubatão, na Baixada Santista.
É um trajeto de quase 8 quilômetros de extensão, cuja inclinação dos trilhos
 é de pelo menos 10% – a Rodovia dos Imigrantes
tem até 6% de declividade máxima para os veículos.


Ao embarcar na cabine de uma locomotiva Stadler, fabricada na Suíça
exclusivamente para a Serra do Mar, a tecnologia chama atenção.
É confortável e tem até ar-condicionado – diferente das tradicionais a diesel,
que facilmente são encontradas circulando pelo litoral.
“É quase uma cabine de avião”, brinca o maquinista Juliano Santos,
de 33 anos, há uma década na profissão. 


.

Fazer o trajeto pela primeira vez oferece uma vaga impressão de que se está em uma tradicional montanha russa. Ao sair da estação e atingir o topo da Serra, não é possível enxergar mais nada além do horizonte azul nos dias de tempo aberto. Segundos após, o trem inclina para baixo bruscamente para descer 800 metros sinuosos de desnível natural.

Diferente do popular brinquedo do parque de diversões, ele não desliza até o Litoral. Se o fizesse, certamente o trajeto não seria seguro: isso porque são 750 toneladas carregadas em cada subida e descida. É como se a locomotiva levasse, a cada viagem, um monumento inteiro do Cristo Redentor ou, então, 500 mil barracas de praia que são vistas nas praias da Baixada Santista. Aliás, uma observação: enquanto a subida leva incríveis 16 minutos, a descida é feita em 19 minutos. 

16
minutos de viagem
800
metros de desnível
750
toneladas de carga
35
quilômetros por hora

Mas, afinal, o que é cremalheira?

No dicionário, cremalheira significa barra dentada. E é justamente uma barra central, entre os trilhos, e cheia de “dentes”, que faz com que toda a composição de vagões não escorregue pela Serra do Mar, cujas belezas da Mata Atlântica são reveladas a cada curva: cachoeiras, vales e montanhas de vegetação totalmente intactas.

A natureza exuberante, que hoje até passa despercebida por Juliano, impressiona não só quem está ali pela primeira vez, como também aqueles que estão começando no trajeto. A exemplo está o maquinista Mike Fogaça, de Praia Grande, que aos 32 anos enfrenta o maior desafio de um profissional da área.

Antes mesmo que se possa notar, lá está ela: a estação Raiz da Serra, em Cubatão. É onde as poderosas locomotivas entregam os vagões para as que são movidas a diesel e que vão despachar as composições para os terminais do Porto de Santos. A operação é rápida, dura menos de 10 minutos, e lá está ela pronta para subir a Serra do Mar novamente.

  • Do funicular à eletricidade
    A história da ágil ferrovia começa em 1867, quando a companhia britânica São Paulo Railway (SPR) a inaugurou. O objetivo era escoar a carga do Estado, como o café, que era o destaque na época, até o Porto de Santos para ser exportado. O maior desafio era vencer o desnível e a inclinação da Serra do Mar com segurança para transportar a carga. O primeiro sistema utilizado para vencer essa barreira natural era o funicular, lembra o atual inspetor da Estação de Paranapiacaba, Ronaldo Valentim. Era algo semelhante ao que até hoje é utilizado nos bondinhos do Monte Serrat, em Santos, que são puxados e sustentados por cabos, em contrapeso, por meio de grandes engrenagens instaladas no topo do morro. Para que os trens fossem movimentados entre Planalto e Baixada Santista, a ideia de contrapeso era a mesma. "Às vezes, era necessário encher de água os vagões vazios no sopé da Serra para que os cheios pudessem descer. Era muito mais difícil e arriscado. Diferente do que é hoje", fala o inspetor, ao apontar para o viaduto construído para o antigo sistema na Grota Funda. Na linha funicular hoje desativada, que é utilizada por grupos que fazem trilha na Serra do Mar, havia ao menos 16 viadutos e 13 túneis (seriam um limitador para o transporte de cargas, já que há composições que levam contêineres uns sobre os outros), de acordo com dados históricos da Rede Ferroviária Federal. Para os construtores da época, foi uma obra inédita e que tornou-se um marco para impulsionar a economia do País, além de encurtar distâncias, já que passageiros eram muito bem-vindo.

A cremalheira é a única maneira de vencer a Serra?

Não. Há ainda o trecho chamado de simples aderência, que possui 2% de inclinação e é utilizado pelas locomotivas da ALL-Rumo. Diferente da cremalheira, que é administrada pela MRS Logística, o trajeto alternativo é realizado, em aproximadamente, 3 horas. O desnível é similar: 740 metros entre o ponto mais alto e a altitude zero. A linha férrea se inicia em Evangelista de Souza (Grande São Paulo) e termina em Paratinga (São Vicente). Entre os entusiastas do transporte de passageiros, a simples aderência seria a alternativa perfeita para o turismo.

“Cremalheira é para uma viagem expressa.
A outra opção (simples aderência) teria que ser turística, pois é uma viagem mais demorada e temos que pensar na ferrovia como algo rápido e ágil”

José Manoel Gonçalves, presidente da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias

E os passageiros?

Eles existiram, sim, até 1990, segundo a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária. Mas a economia do País em desenvolvimento constante e a necessidade, cada vez mais crescente, de se explorar a ferrovia para desafogar as estradas fez com que as cargas – mais lucrativas – tomassem em definitivo o lugar das pessoas.
Além de defender maior investimento da exploração desse tipo de transporte (tanto para mobilidade urbana como para o transporte de mercadorias), o presidente da Frente Nacional Pela Volta das Ferrovias, José Manoel Ferreira Gonçalves, também gostaria de rever as pessoas utilizando a linha férrea, seja para turismo ou necessidade.
“Quando estamos no carro ou no ônibus, às vezes, não percebemos o quanto a Serra é maravilhosa. Dentro de um trem, o charme se evidencia e podemos aproveitar um pouco mais da nossa natureza”, fala. Ele garante: é possível, sim, voltar com a composição de passageiros, desde que haja vontade política para que isso aconteça.

Estudo

A responsabilidade quanto ao tráfego de pessoas é do Estado, enquanto que de carga é do Governo Federal. De acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), há hoje um estudo para implantação de trens regionais que interligariam o Planalto à Baixada Santista. Nada concreto, por hora, apesar de haver empresas interessadas.
Pelo projeto inicial, a composição interligaria São Paulo até o Valongo, em Santos. Haveria, ainda uma estação intermediária em Cubatão e, também, em São Vicente. Seria um grande corredor que conectaria, também, as cidades de Mauá, Santo André e São Caetano, na região metropolitana da capital.
Acredita-se na movimentação de pelo menos 27 mil passageiros por dia, considerando toda linha férrea. Eles teriam à disposição pelo menos 22 composições, com 8 vagões cada. A viagem duraria de 35 a 50 minutos, dependendo da solução para transpor a Serra do Mar: o sistema Cremalheira ou de Simples Aderência.