“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Chargista da Zero Hora trocou FHC por Lula em charge sobre propina

Viu essa? Chargista da Zero Hora trocou FHC por Lula em charge sobre propina

Inacreditável. Na última 6ª feira, dia 15/01, Zero Hora – jornal do grupo RBS, afiliada da Globo – publicou uma charge sobre os USD 100 milhoes de propina ao governo Fernando Henrique Cardoso, mencionados por Nestor Cerveró. O problema – o personagem da charge, de Marco Aurélio, é visivelmente uma referência a Lula, e nao a FHC. Aliás, erro também na moeda – reais no lugar de dólares. Agora circula imagem no Twitter com um pedido de desculpas de ZH a seus leitores, publicado na ediçao impressa de hoje – “O chargista Marco Aurélio trocou Fernando Henrique Cardoso por Lula na charge de sexta-feira. Zero Hora pede desculpas a seus leitores.
http://bit.ly/1PBjwcW 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Credibilidade

Quando se perde o respeito pela verdade, nem que seja só um bocadinho, tudo se torna duvidoso.
Santo Agostinho

domingo, 10 de janeiro de 2016

Por que é urgente contar a história completa da compra de votos na reeleição de FHC

Por que é urgente contar a história completa da compra de votos na reeleição de FHC. Por Kiko Nogueira

Ele
Ele

O DCM anuncia seu novo projeto de crowdfunding: a história da compra de votos na reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O caso foi devidamente abafado. Por quê? Quem eram os personagens? Como foi operado? Qual o papel de FHC? Como a história sumiu da imprensa?
Destacamos novamente o jornalista Joaquim de Carvalho para o trabalho. Joaquim é autor da séria de reportagens sobre o Helicoca e a sonegação da Globo na compra dos direitos da Copa de 2002.
“Em abril de 1997, eu trabalhava na revista Veja como subeditor de Brasil e tinha entre minhas fontes Paulo Maluf, que havia terminado seu mandato de prefeito de São Paulo poucos meses antes, com uma alta taxa de popularidade”, diz Joaquim.
“Tinha conseguido eleger o sucessor e era visto como pré-candidato a presidente da República. Nessa condição, era fonte obrigatória de todo jornalista que cobre política. Maluf me disse que só teria alguma chance na disputa a presidente se a emenda da reeleição não passasse. Ele falou” ‘O governo comprou os votos de que precisava’”. Maluf deu uma dica: “Se você quer contar como os votos foram comprados, comece pelos deputados do Acre”.
Algumas semanas depois, o jornalista Fernando Rodrigues publicou na Folha de S. Paulo o conteúdo das fitas que uma fonte sua, a que deu o nome de Senhor X, havia gravado em conversas com dois deputados federais. E eles eram de onde? Acre.
As conversas eram escandalosamente reveladoras da compra de votos. Os deputados confessavam que haviam recebido R$ 200 mil reais (R$ 894.451,70, em valores corrigidos pelo IGP-M) para votar a favor da emenda, num esquema que era chefiado pelo então ministro Sérgio Motta, já falecido, homem de confiança de FHC e sócio dele numa fazenda em Minas Gerais.
O Senhor X era Narciso Mendes, empresário e ex-deputado constituinte. Seu advogado dizia que havia mais 16 fitas sobre o mesmo tema, com outras gravações, além das que estavam em poder de Fernando Rodrigues.
As redações esqueceram Narciso Mendes, o Senhor X, e nunca mais o procuraram. O DCM quer voltar a esse episódio e contar tudo. Vamos falar com Narciso, com os demais envolvidos explicar como foi a operação e como tudo foi sutilmente atirado para debaixo do tapete.
Se até Paulo Maluf se impressionou, imagine-se o que se poderá encontrar revolvendo a lama do período. É um assunto premente e que continua atual, especialmente em tempos de golpes paraguaios de paladinos da moralidade.
Contamos com você.
Abraço.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/vamos-contar-a-historia-completa-da-compra-de-votos-na-reeleicao-de-fhc-e-contamos-com-voce/

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Milhares de carros novos estão sendo abandonados, por Ladislau Dowbor

Do Envolverde
Por Ladislau Dowbor 
Brilhante, bonito e novo? E rapidamente enferrujando e inútil
Esta foto é de um monte de carros que sobraram no Porto de Sheerness em Ketn, na Inglaterra. Há centenas de lugares exatamente como este no mundo todo, cheio de carros que as montadoras não conseguiram vender.
Isso é verdade.
Você está vendo uma das muitas reservas de carros não vendidos no mundo
Carros02
As pessoas não estão comprando carros no mesmo ritmo de antes da recessão. Quantas famílias que você conhece que ostentam um carro novo a cada ano? Por isso, milhões de carros ficam para morrer nos estacionamentos.
Baltimore, Maryland, EUA
Carros03
Bem do lado da estrada Broening em Baltimore, mais de 57.000 carros se encontram num enorme estacionamento. No começo eu me perguntava porque eles não colocavam simplesmente à venda, mas a indústria automobilística não vai reduzir seus preços drasticamente por uma razão: Não é possível vender um carro por 500 dólares e esperar alguém comprar por 15.000 é impossível.
Carros04
Os carros devem ser levados de um monte de concessionárias para dar espaço para a nova produção. O que sobra é um pouco triste? filas e mais filas de carros em perfeito estado.
Carros05
A indústria automobilística não pode simplesmente deixar de produzir carros novos. Isso significaria o fechamento de fábricas e demitir a dezenas de milhares de pessoas, além do mais, piorar a recessão. O efeito dominó seria catastrófico para a indústria do aço.
Carros06
Nessa imagem podemos ver dezenas de milhares de carros tomando sol o dia todo na Espanha.
Carros07
Quando a oferta supera a procura, alguém fica com o superavit. Depois da recessão, as famílias já não compram um carro novo a cada ano.
São Petersburgo, Rússia
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Carros europeus importados que não conseguiram vender e estão largados para enferrujar em um aeroporto.
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O ciclo de comprar, usar, mudar, se acabou. As pessoas usam seus carros durante muito mais tempo depois de comprados.
Carros10
Lotes aberto ao redor do mundo se converteram um cemitérios improvisados para os carros que não se venderam.
Avonmouth, Reino Unido
Carros11
Cada espaço cinza que se vê está cheio de carros sem uso.
Carros12
Corby, Reino Unido
Carros13
Aqui há outro monte de carros que sobraram. Qualquer um se pergunta: por que não reciclam esses carros ou pelo menos não dão para as pessoas pobres?
Porto de Civitavecchia na Itália
Carros14
Até pode-se pensar que os fabricantes de automóveis poderiam utilizar pelo menos algumas das partes. Eles ainda acham que vão vender esses carros?
Carros15
Porto de Valencia, Espanha
Carros16
Estas imagens são particularmente frustrantes se você está dirigindo um carro velho?
Carros17
Os carros, quando expostos ao ar livre, não duram muito tempo.
Carros18
Quando um carro fica ao relento, todos os óleos se vão para o fundo do poço, e logo começa a corrosão e danifica todas as partes internas do motor.
Carros19
A super produção não é só uma falha do sistema nos Estados Unidos ou de uma só fábrica de automóveis, este é um problema mundial. Se não encontram uma maneira de reutilizar esses carros, milhares de carros abandonados continuarão preenchendo espaços vazios. Isso é realmente lamentável.
Ladislau Dowbor, é doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da PUC de São Paulo e da UMESP, e consultor de diversas agências das Nações Unidas. É autor de “Democracia Econômica”, “A Reprodução Social”, “O Mosaico Partido”, pela editora Vozes, além de “O que Acontece com o Trabalho?” (Ed. Senac) e co-organizador da coletânea “Economia Social no Brasil“ (ed. Senac) Seus numerosos trabalhos sobre planejamento econômico e social estão disponíveis no site http://dowbor.org’.
** Publicado originalmente no site Ladislau Dowbor em maio de 2015. A republicação faz parte de uma edição especial da Envolverde! 
http://jornalggn.com.br/noticia/milhares-de-carros-novos-estao-sendo-abandonados-por-ladislau-dowbor

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Novo acordo ortográfico é obrigatório a partir de hoje no Brasil

Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil
livros
Com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, os livros devem ser publicados sob as novas regras, sem diferenças de vocabulários entre os paísesArquivo/Agência Brasil
As regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa são obrigatórias no Brasil a partir de hoje (1º). Em uso desde 2009, mudanças como o fim do trema e novas regras para o uso do hífen e de acentos diferenciais agora são oficiais com a entrada em vigor do acordo, adiada por três anos pelo governo brasileiro.
Assinado em 1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009. A previsão inicial era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1° de janeiro de 2013, mas, após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em vigor para 1° de janeiro de 2016.
O Brasil é o terceiro dos oito países que assinaram o tratado a tornar obrigatórias as mudanças, que já estão em vigor em Portugal e Cabo Verde. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda não aplicam oficialmente as novas regras ortográficas.
Com a padronização da língua, a CPLP pretende facilitar o intercâmbio cultural e científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em língua portuguesa, já que os livros passam a ser publicados sob as novas regras, sem diferenças de vocabulários entre os países. De acordo com o Ministério da Educação, o acordo alterou 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.
Alfabeto, trema e acentos
Entre as principais mudanças, está a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o acréscimo do k, w e y. As letras já são usadas em várias palavras do idioma, como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo oficial.
O trema – dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes próprios. No entanto, a mudança vale apenas para a escrita, e palavras como linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma pronúncia.
Os acentos diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras, eliminando a diferença gráfica entre pára (do verbo parar) e para (preposição), por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode (presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do verbo poder), que tiveram os acentos diferenciais mantidos.
O acento circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo.
Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes "éi" e "ói”), dando nova grafia a palavras como colmeia e  jiboia.
O hífen deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar com s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra), com exceção de quando o prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da palavra termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser autoestrada).
A grafia correta das palavras conforme as regras do acordo podem ser consultadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), disponível no site da Academia Brasileira de Letras (ABL) e por meio de aplicativo para smartphones e tablets, que pode ser baixado em dispositivos Android, pelo Google Play, e em dispositivos da Apple, pela App Store.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/novo-acordo-ortografico-e-obrigatorio-partir-de-hoje