“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Hillary Clinton e o brutal assassinato de Kadafi

Via Rebelión


John Wigt - Counter Punch
Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti


No dia 20 de outubro de 20111, o presidente da Líbia, Muammar Al-Kadafi foi brutalmente assassinado por uma turba da OTAN respaldada pelos “rebeldes”, depois de ter sido agredido e violado da maneira mais brutal. Hoje, a história não deixa nenhuma dúvida de que naquele dia não assassinaram somente o líder líbio, mas também a própria Líbia.  


A turma que mudou o regime, dominada pelos governos ocidentais, tem uma longa folha de acusações contra seus integrantes. Desde o 11-S, quando começaram a causar estragos e miséria humana em grande escala em sua determinação de reformar e possuir, com opção de compra, a todo um mundo que nunca foi deles: Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria – atualmente envolta em um conflito implacável para sua sobrevivência como Estado laico e não sectário – são o legado miserável de nações que falam a linguagem da democracia enquanto praticam a política da dominação.


Por parte das vítimas antes citadas do imperialismo ocidental há um grande argumento para afirmar que a destruição da Líbia se constitui em um delito especialmente grave. Além de tudo, em 2010, ano anterior ao em que ela experimentou sua “revolução”, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento considerava a Líbia como um país de alto desenvolvimento no Oriente Médio e no norte da África. Em termos concretos, a tradução desse status levava à uma taxa de alfabetização de 88,4%, para uma expectativa de vida de 74,5 anos, igualdade de gênero e vários indicadores positivos mais. Além disso, a Líbia desfrutou de um crescimento econômico de 4,2% em 2010, e podia dispor de ativos de mais de 150 bilhões de dólares no exterior.  


Comparem esses dados com os da Líbia de 2016. De acordo com o testemunho proporcionado no mês de março deste ano pelo general David Rodriguez, do exército dos EUA ao Comitê de Serviços Armados  do Senado dos Estados Unidos, a Líbia é um estado falido, e o general estima que levaria “mais ou menos 10 anos” para conseguir uma estabilidade a longo prazo no que ele considera “uma sociedade dividida”.


Atualmente, não existe um governo único ou autoridade na Líbia cujas ordens sejam executadas em todo o país. Em seu lugar, três autoridades rivalizam para controlar seus próprios feudos. O governo reconhecido internacionalmente é o Governo de Acordo Nacional (GNC, por suas siglas em inglês), dirigido por Fayez al-Sarat, localizado na capital, Tripoli. Também temos o Governo de Salvação Nacional, liderado por Khalifa Ghwell, também baseado em Tripoli. Por seu lado, o terceiro centro de poder se encontra em Tobruk, no leste do país. É dirigido por um general anti-islamista, Khalifa Haftar, que comanda o Exército Líbio (LNA). Economicamente, as receitas com o petróleo, recurso que representava 90% do ingresso nacional  na era Kadhafi, reduziram-se à metade, a violência tem se generalizado, e desde 2011 o Daesh conseguiu tomar pé na Líbia, embora nos últimos meses a organização terrorista tenha ficado sob grande pressão das forças do Governo de Acordo Nacional em seu reduto de Sirte.


O impacto do caos que tomou conta do país desde que Kadafi foi derrubado e assassinado pode ser medido através da torrente de líbios que tem tentado a perigosa viagem através do Mediterrâneo com o objetivo de chegar à Europa. Nesse processo, milhares e milhares de pessoas têm perecido.     


A resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em março de 2011, marcou o final da primavera árabe e o começo do inverno árabe. As manifestações massivas e populares que conseguiram derrubar o ditador tunisino Ben Ali e seu homólogo egípcio Hosni Mubarak não se repetiram na Líbia. Em troca, em Bengazi, onde se centrou o movimento anti-Kadhafi, predominavam os islamistas. Não havia nenhum movimento de massas em escala nacional na Líbia, como os que tomaram conta da Tunísia e do Egito, assim como também não havia apoio popular para derrotar o Governo e seu líder, que presidiu uma sociedade que desfrutou de uma qualidade de vida mais alta do que a de qualquer outro país na África.    


Não foram as forças da oposição de Bengazi as que venceram as forças leais a Kadafi, mas sim as forças da OTAN. De fato, a OTAN interveio  no momento em que as forças armadas do país se aproximavam de Bengazi, preparadas para esmagar o levantamento, baseando-se ela na mentira da proteção aos civis, quando na realidade tinha a intenção de mudar o regime.  


Para os olhos do Ocidente, o crime de Kadafi  não foi o de ter sido um ditador autoritário. Como poderia ter sido, se na região era um aliado da Arábia Saudita? Seu crime, revelado aos olhos ocidentais nos e-mails reservados de Hillary Clinton, publicados por Wikileaks em janeiro deste ano, foi ter a intenção de estabelecer uma divisa como moeda de reserva internacional da África, respaldada por ouro para competir com o euro e com o dólar. Nesse sentido, o presidente francês de então, Nicolas Sarkozy e a secretária de estado dos EUA, Hillary Clinton, foram atores-chave no impulso para a intervenção da OTAN. O petróleo líbio também foi um fator importante.


As mensagens secretas de correio eletrônico provam, acima de qualquer dúvida, que o que ocorreu na Líbia foi um crime monstruoso cujos responsáveis ainda tem que prestar contas. Mas ao contrário, Sarkozy está preparando outra candidatura sua para a presidência da França, enquanto que Hilary Clinton  é a favorita para ganhar a corrida para a Casa Branca contra o candidato republicano Donald Trump.


Desses dois, Clinton  foi filmada aplaudindo e rindo da notícia do assassinato de Muammar Kadafi em 2011. Foi ela que pressionou para a intervenção militar que terminou com a destruição da Líbia. E é ela que tem o descaramento em apresentar-se para a presidência dos EUA como uma gigante moral em comparação com seu rival.


O povo líbio bem que poderia estar em desacordo com isso.


John Wight é o  autor de uma políticamente incorreta e irreverente memória de Hollywood "Dreams That Die" publicada por Zero Books. Também  escreveu cinco novelas, que estão disponíveis como livros eletrônicos como Kindle eBooks. Pode ser seguido no Twitter em @JohnWight1.

http://gilsonsampaio.blogspot.com.br/2016/10/hillary-clinton-e-o-brutal-assassinato_26.html

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

10 das pessoas mais detestadas pelos brasileiros

Tivemos uma novidade ontem: Moro demonstrou não ser saber quanto é rejeitado por vastas porções de brasileiros que não se limitam a petistas.
Inspirado nisso, decidi montar uma lista de 10 pessoas especialmente detestadas entre progressistas de variadas procedências. Algumas sabem. Outras, como Moro, não. Se isso conforta Moro, uma coisa é certa: ele não está só.
1) Moro.
O primeiro é ele mesmo, pelo seu papel de justiceiro no comando da Lava Jato. Alguns, iludidos, imaginaram que Moro estivesse mesmo à frente de uma cruzada anticorrupção. Os fatos, porém, logo mostraram que a cruzada era mesmo contra o PT, em geral, e Lula, em particular.
2) Temer.
Conspirou, traiu, deu um golpe. No poder, notabilizou-se por carregar uma taxa baixíssima de popularidade, plenamente merecida. E por fugir, acoelhado, de todo contato com o povo, por medo de vaias. Não bastasse, tentou reintroduzir as mesóclises da linguagem dos brasileiros.
3) Cunha.
Bem, este dispensa explicações. Está condenado a ser xingado de ladrão até o último de seus dias.
4) FHC.
É outro caso parecido com o de Moro. Parece não se dar conta de quanto é abominado. Mas seu papel infame no golpe alçou-o à lista dos detestados.
5) Aécio
Consagrou-se como o pior perdedor da história da República ao jamais admitir a vitória de Dilma. Amigo dos donos da mídia, sempre foi preservado de noticiário embaraçoso. Citado amplamente nas delações, ainda consegue fazer discursos moralistas como se fosse uma referência ética nacional.
6) Serra.
Como Cunha, dispensa explicações.
7) Gilmar Mendes.
O jornalista americano Glenn Grenwald resumiu tudo: “Nunca vi um juiz como ele no mundo.” Gilmar subverteu o conceito de que um magistrado não se mete nas coisas da política.
8) Marta ex-Suplicy.
Nunca foi exatamente uma campeã de simpatia e de popularidade. Mas sua atuação no golpe elevou ao máximo a antipatia que as pessoas sentem de Marta. Foi uma golpista impenitente e convicta. Recebeu a justa recompensa nas eleições para a prefeitura de São Paulo.
9) Cristovam Buarque.
É outro que, como Moro, parece não ter noção de quanto é rejeitado. Ilude-se com a ideia de que apenas os petistas lhe fazem restrições por ter contribuído para o golpe.
10) Janaína Paschoal.
Quem esquece seus espetáculos delirantes em “defesa” da Constituição? E os 45 000 reais que o PSDB lhe pagou pelo parecer que deu origem ao golpe?

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/moro-nao-esta-so-uma-lista-com-10-das-pessoas-mais-detestadas-pelos-brasileiros-por-paulo-nogueira/

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Os deputados que aprovaram a PEC da Morte

Por Altamiro Borges


O "golpe dos corruptos", que levou ao poder a gangue de Michel Temer, acaba de produzir mais um resultado danoso para a sociedade brasileira. Por 366 votos a favor, 111 contrários e duas abstenções, a Câmara Federal aprovou na noite desta segunda-feira (10) a Proposta de Emenda Constitucional - PEC-241 -, que congela os gastos públicos em saúde, educação e em outras áreas vitais à população mais carente do país. Já batizada de PEC da Morte, o projeto serve exclusivamente aos interesses das elites empresariais, principalmente à oligarquia rentista, que seguirão sugando fortunas do erário com os juros da dívida pública. No ajuste fiscal do Judas Michel Temer, os trabalhadores entram com o pescoço e os tubarões, com a forca! A PEC-241 é mais um golpe dentro do golpe!

Durante a votação, o presidente da Câmara Federal, o demo Rodrigo Maia, esbanjou truculência e arrogância, ameaçando os manifestantes que ocuparam a galeria do plenário e os próprios deputados da oposição. Apenas seis partidos (PT, PDT, PCdoB, PSOL, Rede e PMB) orientaram suas bancadas a votar contra a PEC da Morte. Já os partidos golpistas, a começar do PMDB de Michel Temer e do PSDB do cambaleante Aécio Neves, determinaram que seus parlamentares votassem a favor da PEC-241. Abaixo a lista da votação. Guarde bem estes nomes, sinta os efeitos perversos do projeto e nunca mais confie nos deputados carrascos que votaram SIM na PEC da Morte:  

Parlamentar (UF) - Voto

DEM

Abel Mesquita Jr. (RR) - Sim
Alberto Fraga (DF) - Sim
Alexandre Leite (SP) - Sim
Carlos Melles (MG) - Sim
Claudio Cajado (BA) - Sim
Efraim Filho (PB) - Sim
Eli Corrêa Filho (SP) - Sim
Felipe Maia (RN) - Sim
Francisco Floriano (RJ) - Sim
Hélio Leite (PA) - Sim
Jorge Tadeu Mudalen (SP) - Sim
José Carlos Aleluia (BA0 - Sim
Juscelino Filho (MA) - Sim
Mandetta (MS) - Sim
Marcelo Aguiar (SP) - Sim
Marcos Rogério (RO) - Sim
Marcos Soares (RJ) - Sim
Misael Varella (MG) - Sim
Missionário José Olimpio (SP) - Sim
Onyx Lorenzoni (RS) - Sim
Pauderney Avelino (AM) - Sim
Paulo Azi (BA) - Sim
Professora Dorinha Seabra Rezende (TO) - Não
Rodrigo Maia RJ Art. 17
Sóstenes Cavalcante (RJ) - Sim
Total DEM: 25

PCdoB

Alice Portugal (BA) - Não
Angela Albino (SC) - Não
Chico Lopes (CE) - Não
Daniel Almeida (BA) - Não
Jandira Feghali (RJ) - Não
Jô Moraes (MG) - Não
Luciana Santos (PE) - Não
Orlando Silva (SP) - Não
Professora Marcivania (AP) - Não
Rubens Pereira Júnior (MA) - Não
Total PCdoB: 10

PDT

Afonso Motta RS Não
André Figueiredo CE Não
Assis do Couto PR Não
Carlos Eduardo Cadoca PE Sim
Dagoberto MS Não
Damião Feliciano PB Sim
Félix Mendonça Júnior BA Não
Flávia Morais GO Sim
Hissa Abrahão AM Sim
Leônidas Cristino CE Não
Mário Heringer MG Sim
Roberto Góes AP Sim
Ronaldo Lessa AL Não
Subtenente Gonzaga MG Não
Vicente Arruda CE Não
Weverton Rocha MA Não
Wolney Queiroz PE Não
Total PDT: 17

PEN

Erivelton Santana BA Sim
Junior Marreca MA Sim
Walney Rocha RJ Não
Total PEN: 3

PHS

Carlos Andrade RR Sim
Diego Garcia PR Sim
Dr. Jorge Silva ES Sim
Givaldo Carimbão AL Sim
Marcelo Aro MG Sim
Marcelo Matos RJ Sim
Pastor Eurico PE Sim
Total PHS: 7

PMB

Pastor Luciano Braga BA Sim
Weliton Prado MG Não
Total PMB: 2

PMDB

Alberto Filho MA Sim
Alceu Moreira RS Sim
Alexandre Serfiotis RJ Sim
Altineu Côrtes RJ Sim
André Amaral PB Sim
Aníbal Gomes CE Sim
Baleia Rossi SP Sim
Cabuçu Borges AP Sim
Carlos Bezerra MT Sim
Carlos Marun MS Sim
Celso Jacob RJ Sim
Celso Maldaner SC Sim
Celso Pansera RJ Sim
Daniel Vilela GO Sim
Darcísio Perondi RS Sim
Dulce Miranda TO Sim
Edinho Araújo SP Sim
Edinho Bez SC Sim
Elcione Barbalho PA Sim
Fábio Ramalho MG Sim
Fabio Reis SE Sim
Fernando Jordão RJ Sim
Flaviano Melo AC Sim
Hermes Parcianello PR Sim
Hildo Rocha MA Sim
Hugo Motta PB Sim
Jarbas Vasconcelos PE Sim
Jéssica Sales AC Sim
João Arruda PR Sim
João Marcelo Souza MA Sim
Jones Martins RS Sim
José Fogaça RS Sim
José Priante PA Sim
Josi Nunes TO Sim
Kaio Maniçoba PE Sim
Laura Carneiro RJ Sim
Lelo Coimbra ES Sim
Leonardo Quintão MG Sim
Lucio Mosquini RO Sim
Lucio Vieira Lima BA Sim
Manoel Junior PB Sim
Marcelo Castro PI Sim
Marcos Rotta AM Sim
Marinha Raupp RO Sim
Marx Beltrão AL Sim
Mauro Lopes MG Sim
Mauro Mariani SC Sim
Mauro Pereira RS Sim
Moses Rodrigues CE Sim
Newton Cardoso Jr MG Sim
Osmar Serraglio PR Sim
Rodrigo Pacheco MG Sim
Rogério Peninha Mendonça SC Sim
Ronaldo Benedet SC Sim
Saraiva Felipe MG Sim
Sergio Souza PR Sim
Simone Morgado PA Sim
Soraya Santos RJ Sim
Valdir Colatto SC Sim
Valtenir Pereira MT Sim
Vitor Valim CE Sim
Walter Alves RN Sim
Washington Reis RJ Sim
Zé Augusto Nalin RJ Sim
Total PMDB: 64

PP

Adail Carneiro CE Sim
Afonso Hamm RS Sim
Aguinaldo Ribeiro PB Sim
André Abdon AP Sim
Arthur Lira AL Sim
Beto Rosado RN Sim
Beto Salame PA Sim
Cacá Leão BA Sim
Conceição Sampaio AM Sim
Covatti Filho RS Sim
Dimas Fabiano MG Sim
Eduardo da Fonte PE Sim
Esperidião Amin SC Sim
Ezequiel Fonseca MT Sim
Fausto Pinato SP Sim
Fernando Monteiro PE Sim
Franklin Lima MG Sim
Guilherme Mussi SP Sim
Hiran Gonçalves RR Sim
Iracema Portella PI Sim
Jerônimo Goergen RS Sim
José Otávio Germano RS Sim
Julio Lopes RJ Sim
Lázaro Botelho TO Sim
Luis Carlos Heinze RS Sim
Luiz Fernando Faria MG Sim
Macedo CE Sim
Maia Filho PI Sim
Marcelo Belinati PR Não
Marcus Vicente ES Sim
Mário Negromonte Jr. BA Sim
Nelson Meurer PR Sim
Odelmo Leão MG Sim
Paulo Maluf SP Sim
Renato Molling RS Sim
Ricardo Izar SP Sim
Roberto Balestra GO Sim
Roberto Britto BA Sim
Ronaldo Carletto BA Sim
Rôney Nemer DF Não
Sandes Júnior GO Sim
Simão Sessim RJ Sim
Toninho Pinheiro MG Sim
Total PP: 43

PPS

Arnaldo Jordy PA Não
Arthur Oliveira Maia BA Sim
Carmen Zanotto SC Não
Eliziane Gama MA Não
Marcos Abrão GO Sim
Roberto Freire SP Sim
Rubens Bueno PR Sim
Total PPS: 7

PR

Adelson Barreto SE Sim
Aelton Freitas MG Sim
Alexandre Valle RJ Sim
Alfredo Nascimento AM Sim
Anderson Ferreira PE Sim
Bilac Pinto MG Sim
Brunny MG Sim
Cabo Sabino CE Sim
Cajar Nardes RS Sim
Capitão Augusto SP Sim
Clarissa Garotinho RJ Não
Davi Alves Silva Júnior MA Sim
Delegado Edson Moreira MG Sim
Delegado Waldir GO Sim
Dr. João RJ Sim
Edio Lopes RR Sim
Giacobo PR Sim
Giovani Cherini RS Sim
Gorete Pereira CE Sim
João Carlos Bacelar BA Sim
Jorginho Mello SC Sim
José Carlos Araújo BA Sim
José Rocha BA Sim
Laerte Bessa DF Sim
Lúcio Vale PA Sim
Luiz Cláudio RO Sim
Luiz Nishimori PR Sim
Magda Mofatto GO Sim
Marcelo Álvaro Antônio MG Sim
Marcio Alvino SP Sim
Milton Monti SP Sim
Paulo Feijó RJ Sim
Paulo Freire SP Sim
Remídio Monai RR Sim
Silas Freire PI Abstenção
Tiririca SP Sim
Vicentinho Júnior TO Sim
Vinicius Gurgel AP Sim
Wellington Roberto PB Sim
Zenaide Maia RN Não
Total PR: 40

PRB

Alan Rick AC Sim
Antonio Bulhões SP Sim
Beto Mansur SP Sim
Carlos Gomes RS Sim
Celso Russomanno SP Sim
César Halum TO Sim
Cleber Verde MA Sim
Jhonatan de Jesus RR Sim
João Campos GO Sim
Lindomar Garçon RO Sim
Marcelo Squassoni SP Sim
Márcio Marinho BA Sim
Ricardo Bentinho SP Sim
Roberto Alves SP Sim
Roberto Sales RJ Sim
Ronaldo Martins CE Sim
Rosangela Gomes RJ Sim
Silas Câmara AM Sim
Tia Eron BA Sim
Vinicius Carvalho SP Sim
Total PRB: 20

PROS

Bosco Costa SE Não
Eros Biondini MG Sim
Felipe Bornier RJ Sim
George Hilton MG Não
Odorico Monteiro CE Não
Ronaldo Fonseca DF Sim
Toninho Wandscheer PR Sim
Total PROS: 7

PRP

Nivaldo Albuquerque AL Sim
Total PRP: 1

PSB

Adilton Sachetti MT Sim
Átila Lira PI Sim
Bebeto BA Sim
César Messias AC Não
Danilo Cabral PE Não
Danilo Forte CE Sim
Fabio Garcia MT Sim
Fernando Coelho Filho PE Sim
Flavinho SP Sim
Gonzaga Patriota PE Não
Heitor Schuch RS Não
Heráclito Fortes PI Sim
Hugo Leal RJ Sim
Ildon Marques MA Sim
Janete Capiberibe AP Não
JHC AL Não
João Fernando Coutinho PE Não
José Reinaldo MA Sim
Jose Stédile RS Não
Júlio Delgado MG Não
Keiko Ota SP Sim
Leopoldo Meyer PR Sim
Luciano Ducci PR Sim
Luiz Lauro Filho SP Sim
Maria Helena RR Sim
Marinaldo Rosendo PE Sim
Paulo Foletto ES Sim
Rafael Motta RN Sim
Rodrigo Martins PI Sim
Tadeu Alencar PE Não
Tenente Lúcio MG Sim
Tereza Cristina MS Sim
Total PSB: 32

PSC

Andre Moura SE Sim
Eduardo Bolsonaro SP Sim
Gilberto Nascimento SP Sim
Jair Bolsonaro RJ Sim
Júlia Marinho PA Sim
Pr. Marco Feliciano SP Sim
Total PSC: 6

PSD

André de Paula PE Sim
Antonio Brito BA Sim
Átila Lins AM Sim
Danrlei de Deus Hinterholz RS Sim
Delegado Éder Mauro PA Sim
Diego Andrade MG Sim
Domingos Neto CE Sim
Edmar Arruda PR Sim
Evandro Roman PR Sim
Expedito Netto RO Não
Fábio Faria RN Sim
Fábio Mitidieri SE Sim
Fernando Torres BA Sim
Goulart SP Sim
Herculano Passos SP Sim
Indio da Costa RJ Sim
Irajá Abreu TO Sim
Jaime Martins MG Sim
Jefferson Campos SP Sim
João Rodrigues SC Sim
Joaquim Passarinho PA Sim
José Nunes BA Sim
Júlio Cesar PI Sim
Marcos Montes MG Sim
Marcos Reategui AP Sim
Paulo Magalhães BA Sim
Raquel Muniz MG Sim
Rogério Rosso DF Sim
Rômulo Gouveia PB Sim
Sandro Alex PR Sim
Sérgio Brito BA Sim
Stefano Aguiar MG Sim
Tampinha MT Sim
Thiago Peixoto GO Sim
Victor Mendes MA Sim
Total PSD: 35

PSDB

Antonio Imbassahy BA Sim
Betinho Gomes PE Sim
Bonifácio de Andrada MG Sim
Bruno Araújo PE Sim
Bruno Covas SP Sim
Caio Narcio MG Sim
Carlos Sampaio SP Sim
Célio Silveira GO Sim
Daniel Coelho PE Sim
Domingos Sávio MG Sim
Duarte Nogueira SP Sim
Eduardo Barbosa MG Sim
Eduardo Cury SP Sim
Elizeu Dionizio MS Sim
Fábio Sousa GO Sim
Geovania de Sá SC Sim
Geraldo Resende MS Sim
Giuseppe Vecci GO Sim
Izalci DF Sim
João Castelo MA Sim
João Paulo Papa SP Sim
Jutahy Junior BA Sim
Lobbe Neto SP Sim
Luiz Carlos Hauly PR Sim
Mara Gabrilli SP Sim
Marco Tebaldi SC Sim
Marcus Pestana MG Sim
Mariana Carvalho RO Sim
Miguel Haddad SP Sim
Nelson Marchezan Junior RS Sim
Nelson Padovani PR Sim
Nilson Leitão MT Sim
Nilson Pinto PA Sim
Otavio Leite RJ Sim
Paulo Abi-Ackel MG Sim
Paulo Martins PR Sim
Pedro Cunha Lima PB Sim
Pedro Vilela AL Sim
Raimundo Gomes de Matos CE Sim
Ricardo Tripoli SP Sim
Rocha AC Sim
Rodrigo de Castro MG Sim
Rogério Marinho RN Sim
Shéridan RR Sim
Silvio Torres SP Sim
Vanderlei Macris SP Sim
Vitor Lippi SP Sim
Total PSDB: 47

PSL

Alfredo Kaefer PR Sim
Dâmina Pereira MG Sim
Total PSL: 2

PSOL

Chico Alencar RJ Não
Edmilson Rodrigues PA Não
Glauber Braga RJ Não
Ivan Valente SP Não
Jean Wyllys RJ Não
Luiza Erundina SP Não
Total PSOL: 6

PT

Adelmo Carneiro Leão MG Não
Afonso Florence BA Não
Ana Perugini SP Não
Andres Sanchez SP Não
Angelim AC Não
Arlindo Chinaglia SP Não
Assis Carvalho PI Não
Benedita da Silva RJ Não
Beto Faro PA Não
Bohn Gass RS Não
Caetano BA Não
Carlos Zarattini SP Não
Chico D Angelo RJ Não
Décio Lima SC Não
Enio Verri PR Não
Erika Kokay DF Não
Fabiano Horta RJ Não
Gabriel Guimarães MG Abstenção
Givaldo Vieira ES Não
Helder Salomão ES Não
Henrique Fontana RS Não
João Daniel SE Não
Jorge Solla BA Não
José Airton Cirilo CE Não
José Guimarães CE Não
José Mentor SP Não
Leo de Brito AC Não
Leonardo Monteiro MG Não
Luiz Couto PB Não
Luiz Sérgio RJ Não
Luizianne Lins CE Não
Marco Maia RS Não
Marcon RS Não
Margarida Salomão MG Não
Moema Gramacho BA Não
Nelson Pellegrino BA Não
Nilto Tatto SP Não
Padre João MG Não
Patrus Ananias MG Não
Paulão AL Não
Paulo Teixeira SP Não
Pedro Uczai SC Não
Pepe Vargas RS Não
Reginaldo Lopes MG Não
Rubens Otoni GO Não
Ságuas Moraes MT Não
Valmir Assunção BA Não
Valmir Prascidelli SP Não
Vander Loubet MS Não
Vicente Candido SP Não
Vicentinho SP Não
Waldenor Pereira BA Não
Zé Carlos MA Não
Zé Geraldo PA Não
Zeca do Pt MS Não
Total PT: 55

PTB

Adalberto Cavalcanti PE Sim
Alex Canziani PR Sim
Arnaldo Faria de Sá SP Não
Benito Gama BA Sim
Deley RJ Sim
Jorge Côrte Real PE Sim
Josué Bengtson PA Sim
Jovair Arantes GO Sim
Nelson Marquezelli SP Sim
Nilton Capixaba RO Sim
Paes Landim PI Sim
Pedro Fernandes MA Sim
Sérgio Moraes RS Sim
Wilson Filho PB Sim
Zeca Cavalcanti PE Sim
Total PTB: 15

PTdoB

Cabo Daciolo RJ Não
Luis Tibé MG Sim
Silvio Costa PE Sim
Total PTdoB: 3

PTN

Ademir Camilo MG Sim
Alexandre Baldy GO Sim
Aluisio Mendes MA Sim
Antônio Jácome RN Sim
Carlos Henrique Gaguim TO Sim
Dr. Sinval Malheiros SP Sim
Francisco Chapadinha PA Sim
Jozi Araújo AP Sim
Luiz Carlos Ramos RJ Sim
Renata Abreu SP Sim
Ricardo Teobaldo PE Sim
Total PTN: 11

PV

Antonio Carlos Mendes Thame SP Sim
Evair Vieira de Melo ES Sim
Evandro Gussi SP Sim
Leandre PR Sim
Roberto de Lucena SP Sim
Uldurico Junior BA Sim
Total PV: 6

REDE

Alessandro Molon RJ Não
Aliel Machado PR Não
Miro Teixeira RJ Não
Total REDE: 3

Solidariedade

Augusto Carvalho DF Sim
Augusto Coutinho PE Sim
Aureo RJ Sim
Benjamin Maranhão PB Sim
Carlos Manato ES Sim
Fernando Francischini PR Sim
Laercio Oliveira SE Sim
Laudivio Carvalho MG Sim
Lucas Vergilio GO Sim
Major Olimpio SP Não
Paulo Pereira da Silva SP Sim
Wladimir Costa PA Sim
Zé Silva MG Sim

Total Solidariedade: 13

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Acredite se quiser!





Comecei a trabalhar em jornal aos 16 anos de idade, quando ainda cursava o antigo Colegial do Instituto de Educação Experimental Jundiaí. Meu primeiro emprego foi no Jornal da Cidade. Produzia uma página de variedades nas férias do titular, o saudoso e incomparável Ademir Fernandes.

Acumulei com a revisão noturna. Era uma rotina estafante: saía do Instituto por volta das 11 da noite, ia ao jornal, ficava lá até pelas 5 da madrugada, dormia até a hora do almoço, corria para o jornal, voltava para casa no fim da tarde e, por fim, retornava para as aulas no Instituto.

Essa correria durou apenas três meses: saí do jornal quando o pedido de equiparação salarial com o revisor diurno foi recusado.

Logo em seguida fui chamado para trabalhar no Diário de Jundiaí, o irmão mais pobre do Jornal de Jundiaí, que ficava com as suas sobras: fotografias não usadas, clichês (a chapa de zinco com a imagem fotográfica invertida com a qual se imprimiam as imagens) velhos, notícias igualmente velhas...

Minha passagem no Diário de Jundiaí também foi curta – percebi que o jornal não duraria muito mais tempo e tratei de ir trabalhar como redator do diretor de publicidade do Jornal da Cidade, até ser convidado para ser repórter do Jornal de Jundiaí, o JJ.

E foi no JJ, onde fiquei vários anos, que descobri algumas das verdades da profissão, que guardo até hoje, já aposentado: não existe jornalismo imparcial, não existe verdade factual, não existe liberdade de imprensa – jornais são tão inverossímeis quanto Papai Noel, anjos, duendes, fadas ou deuses.

As ordens do dono do JJ para não dar essa ou aquela notícia que pudesse comprometer a imagem de anunciantes foram as mesmas que ouvi ao longo do tempo, no Jornal de Domingo, de Campinas, no Estadão, no Jornal da Tarde ou, mais recentemente, no Valor Econômico, publicações em que também trabalhei.

Em todas as redações, à exceção do Jundiaí Hoje, uma aventura que durou três anos e foi a mais excitante experiência que tive em jornalismo, as mesmas pressões, as mesmas “O.P.” – ordens do patrão...

E também a repetição das pautas encomendadas pela diretoria, das matérias que caíam misteriosamente, da mudança de enfoque.

O mesmo clima de insegurança e medo.

A autocensura, muito pior que a censura.

Os chefetes sem caráter.

Os puxa-sacos.

Foram mais de 40 anos em redações.

Alguma coisa aprendi.

Hoje, por exemplo, não leio mais jornal. Passo os olhos pelas notícias nos portais da internet. Vou para os meus blogs favoritos. E constato que mais pessoas fazem como eu. Mas sei que quem ainda lê jornais e revistas, miseravelmente acredita naquilo que está ali impresso.

Tenho pena desse sujeito. Porque ele não sabe que aquilo que foi publicado é apenas a visão distorcida do que seria a seleção dos fatos mais relevantes do dia anterior.

E além de tudo, muito mal escrita. 

(Carlos Motta/texto publicado originalmente em 6/11/2014 no blog "Crônicas do Motta" e que faz parte do e-book "País Calmoso e Hereditário")
http://segundocliche.blogspot.com.br/2016/10/acredite-se-quiser.html#comment-form

sábado, 1 de outubro de 2016

Dia Internacional do Idoso

Hoje, (1 de outubro) como em outro tempos, encontramo-nos diante de um contexto paradoxal. Por um lado mais pessoas vivem mais longamente, por outro mais crianças e jovens morrem antecipadamente. Este paradoxo remete para um duplo descaso por parte dos que se encontram em condições de vida mais favorável: descaso em relação à vida nascente e em relação à vida que já percorreu um caminho mais ou menos longo. O paradoxo é apenas aparente, pois na realidade retrata uma mesma atitude fundamental que é da pouca valorização do milagre da vida. Este milagre se manifesta  como o curso do Sol, que nasce e desaparece, mas é sempre maravilhoso, tanto nascente quanto poente. Por isso mesmo é importante celebrar tanto o início quanto o final da vida.

Frei Antônio Moser, OFM
Folhinha Sagrado Coração de Jesus