“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Haiti é aqui em São Paulo

Voces notaram que não existe mais máquinas nas margens do rio Tiete tirando areia e entulho? voces notaram que o Serra mandou tirar as margens do rio para fazer mais pistas para 'fluir' o transito? pois é, se não fazer o desassoreamento da calha do rio vai piorar os alagamentos na capital; seria bom o Zé Alagão trazer de volta aqueles bombeiros de São Paulo que foram enviados para o Haiti e socorrer osalagados do Jardim Romano e tambem os que estão com diarréia no litoral paulista por causa da água suja da Sabesp, isso sem falar das cidades do interior atingidas pelas chuvas; desta semana para frente o paulistano vai ter mais um transtorno com a chegada de mais um tornado chamado carne do IPTU enviado pelo Taxab, o Pitta do Zé Alagão. O paulistano, esse povo de comportamento bovino com cara de muar tem mais é que sofrer mesmo. Dá-lhes choques de gestões demostucanos... D'us me livre dessas espécies mais uma vez em Brasília!!!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

LULA, ESTADISTA GLOBAL


O mundo não para de reconhecer os méritos de Lula. O presidente brasileiro vai receber o prêmio de Estadista Global do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), no dia 29. Esta é a primeira edição da homenagem, criada para marcar o aniversário de 40 anos do Fórum.
O prêmio tem o objetivo de destacar um líder político que tenha usado o mandato para melhorar a situação do mundo. “O presidente do Brasil tem demonstrado verdadeiro compromisso com todas as áreas da sociedade”, disse o fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, em nota à Agência Estado. 
“O presidente Lula é um exemplo a ser seguido para a liderança global”, disse Schwab. A entrega do prêmio será feita pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Nessas horas fico imaginando a cara dos bundões da oposição raivosa!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Serra parecido com Maluf

... Serra parecido com Maluf

É verdade que nunca se soube direito o que a direita pretendia fazer caso ganhasse as duas eleições passadas. Mas dá para saber que a vida da imensa maioria dos brasileiros hoje seria pior. Nas ocasiões em que algum direitista fala por conta própria, como fez Sérgio Guerra à torpe Veja, o que se vê é muito palavrório, muita cara brava, muito elogio a si próprio e pouco mais.
Serra vai pela mesma via. Quando é perguntado, não responde. Se responde, não explica. Se tenta explicar, ninguém entende nada. O resultado é que prestar atenção no que o tucano diz tornou-se um exercício perfeitamente inútil. Cada vez mais, nesse ponto, Serra vai ficando parecido com o ex-governador paulista Paulo Maluf.
Fica complicado prever, assim, como a direita vai tratar o país. A palavra oficial é que serão mantidas as linhas básicas seguidas nos governos de FHC — algo que faz todo o sentido. Por aí dá para saber que, se a direita vencer, o país terá de enfrentar uma ruína com dimensões imprevisíveis.

Síndico de prédio
Serra e seus aliados não têm como responder com um mínimo de lógica às cobranças sobre a corrupção grosseira, o desmanche moral e a prodigiosa inépcia administrativa nos quais o governo FHC se perdeu. Não responderam até agora e não vão responder até o dia da eleição, pelo excelente motivo que ninguém consegue negar fatos provados em vídeo, áudio, assinaturas em recibos bancários e confissões públicas de culpa.
Não é possível, da mesma forma, mostrar obras que não existem e apresentar realizações que não foram realizadas. A verdade é que Serra terá a obrigação de mostrar o que a direita fez de concreto quando teve a oportunidade de fazer. Vai dizer o quê? Travou tudo, em suma. Para destravar, a única idéia que parece ter surgido é a de apagar o incêndio jogando jornais, revistas, portais, rádios e televisões em cima dele.
É claro que vai haver muita conversa sobre “responsabilidade fiscal”, “rigor orçamentário”, “estabilidade da moeda”, “liberdade de imprensa” e outras fantasias da mesma família. Trata-se de truque velho da direita. O que existe de certo, mesmo, é que ninguém deve contar com as falas da direita para tirar dúvidas pelo simples fato de que ela não tem o que falar. Se falar a verdade sobre o que pensa para o país, não ganha nem para síndico de prédio.


Postado por DANIEL PEARL
http://desabafopais.blogspot.com/

sábado, 9 de janeiro de 2010

Alerta sobre a situação da Imprensa Oficial


Alerta sobre a situação da Imprensa Oficial




07 de janeiro de 2010



A Imprensa Oficial do Estado, empresa pública fundada há mais de cem anos, vive uma situação grave. A atual diretoria da empresa, presidida pelo sr. Hubert Alquéres, ao mesmo tempo em que promove enorme campanha de marketing externo, desenvolve uma gestão que tem como características: a) demissões sistemáticas, desde 2003, de funcionários de carreira, substituídos muitas vezes por pessoas nomeadas em cargos de confiança; b) perseguições contra os representantes eleitos pelos funcionários; c) desmonte do setor responsável pela edição do produto que é a razão de ser da empresa, o Diário Oficial do Estado.



As nomeações políticas, as perseguições e as atitudes discriminatórias – como a absurda proibição, em agosto de 2009, de acesso à internet dos jornalistas que editam o Diário Oficial – são exemplos dos ataques da atual administração a uma empresa pública de grande importância para a população. Jornalistas, gráficos e funcionários administrativos vivem uma situação de insegurança quanto a seu futuro.


Para buscar reverter esse quadro, o Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato dos Empregados da Administração das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de São Paulo deram entrada em um pedido de mesa-redonda na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, órgão do Ministério do Trabalho. Nosso objetivo é discutir uma série de reivindicações dos trabalhadores da Imprensa Oficial, que se acumularam ao longo dos anos.
O Sindicato dos Jornalistas defende a Imprensa Oficial como empresa pública de comunicação. Por isso, luta para reverter as demissões e defende a contratação de funcionários somente por meio de concurso público.
O trabalho da empresa é de grande importância social, já que o Diário Oficial assegura a publicação regular de atos oficiais que afetam a vida de todos os cidadãos. Além disso, o parque gráfico da empresa está capacitado para desenvolver inúmeros trabalhos de interesse coletivo. Esse patrimônio de todo o povo paulista não pode ficar atrelado a interesses políticos do governo estadual de plantão.
O presente texto – que complementa o Relatório – Situação trabalhista na Imprensa Oficial do Estado, também publicado neste site – busca sintetizar alguns dos fatos ocorridos nos últimos anos, visando a informar e dar subsídios para a ação em defesa dos funcionários e dos interesses populares em geral, que são colocados em risco pela diretoria da Imprensa Oficial.





1) Política sistemática de demissões





As demissões na Imprensa Oficial têm ocorrido sem a abertura de qualquer procedimento administrativo, o que seria obrigatório em caso de funcionários concursados. Muitos dos demitidos foram depois substituídos por pessoas que ingressam na empresa ocupando cargos de confiança, ou seja, são contratados sem passar por concurso público.
As demissões servem, portanto, para que a diretoria da Imprensa Oficial substitua funcionários de carreira por pessoas ligadas politicamente à cúpula da empresa ou ao governo do Estado. Profissionais formados em anos de trabalho na empresa são dessa forma trocados por pessoas que muitas vezes sequer têm conhecimento técnico da área na qual irão atuar, com evidente prejuízo para o Estado.
Muitos dos novos contratados, embora formalmente ocupem cargos de confiança, exercem de fato funções técnicas. Essa prática burla a exigência constitucional de concursos públicos para o ingresso de funcionários nas empresas estatais, colidecom os princípios da administração pública (impessoalidade, moralidade e transparência), com os interesses sociais e com a missão da Imprensa Oficial.
Entre outras arbitrariedades, foram demitidos de uma vez, em maio de 2005, cerca de 60 funcionários aposentados. A empresa dizia estar obrigada a demiti-los diante de uma determinação do Ministério Público do Trabalho segundo a qual as estatais não poderiam manter em seu quadro funcionários que haviam se aposentado. Nesse caso, como lhe convinha, a empresa alegou que, ao se aposentarem, os funcionários teriam encerrado o contrato de trabalho e precisariam ser substituídos por novos concursados.
As demissões desconsideraram, em primeiro lugar, a existência de uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que garantia o direito ao trabalho para o funcionário aposentado. Além disso, o entendimento consagrado é o de que a concessão de aposentadoria não rescinde o contrato de trabalho – portanto, a suposta determinação não passava de um pretexto.
De acordo com dados publicados no próprio Diário Oficial do Estado, a Imprensa Oficial tinha 1.167 funcionários em 2003 (entre cargos ocupados e vagos), dos quais 942 em cargos de carreira e 225 em cargos de confiança. Em 2008 (último dado disponível), dos 1.140 funcionários existentes, 901 eram de cargos de carreira (decréscimo de 4,4%) e 239 de cargos de confiança (aumento de 6,2%).
Os números frios, que já seriam preocupantes, não mostram toda a extensão do que está sendo feito. A diretoria da empresa não somente demitiu como também modificou radicalmente a composição dos cargos de confiança. Em 2003, boa parte desses cargos era ocupada por antigos funcionários de carreira que haviam assumido posições de chefia. Ao serem substituídos, em vez de deixarem de ser chefes e voltarem a seus antigos postos, esses trabalhadores foram demitidos. Para os seus lugares, a empresa trouxe então pessoas de fora, vinculadas à direção da empresa e/ou ao governo estadual.
Além disso, a demissão de funcionários de carreira, como é o caso dos aposentados, serviu para que a empresa fizesse caixa e pudesse contratar os novos funcionários sem concurso público e sem onerar a folha de pagamento. Em suma, a diretoria dispensou sumariamente pessoas que dedicaram anos de trabalho à empresa, para resolver questões inteiramente alheias à atividade da Imprensa Oficial.


2) Ataques à representação dos trabalhadores


A perseguição à representação dos trabalhadores é exemplificada pela interdição de fato das eleições ao Conselho de Representantes dos Empregados da Imprensa Oficial (Crei), previstas para 2007, sob a alegação de que esse organismo não está regulamentado por lei.
Dois representantes eleitos pelos empregados para o Crei – Rivaldo Picanço e Sarvio Nogueira Holanda – já haviam sido demitidos em 2005, embora gozassem de estabilidade no emprego. Em ambos os casos, esses funcionários conseguiram retornar à empresa por meio de medida judicial.
A dispensa de Rivaldo Picanço, em janeiro de 2005, teve caráter político, conforme foi denunciado à época pelo Sindicato dos Jornalistas. A demissão ocorreu em pleno processo eleitoral para renovação do Crei. A diretoria da empresa interferiu escandalosamente no processo eleitoral, que, por sua pressão, foi suspenso em 30 de dezembro de 2004, sendo retomado logo após a demissão do funcionário. Além de ter sido presidente do Crei, Rivaldo apresentava histórico de atuação junto ao Fórum Permanente de CREs (Conselhos de Representantes de Empresas do Estado).
O conselheiro do Crei, Sarvio Nogueira Holanda, foi igualmente demitido por razões políticas, em virtude de críticas que dirigiu à administração da empresa, no exercício de seu mandato como representante dos funcionários.
O Sindicato dos Jornalistas pronunciou-se em vários momentos contra essas práticas. Num manifesto divulgado em 2007, por exemplo, nosso sindicato e outras entidades – Sindicato dos Gráficos, Sindicato dos Trabalhadores Administrativos, Associação dos Jornalistas Aposentados do Estado de São Paulo (Ajaesp), Associação dos Gráficos Aposentados e CUT-SP – denunciavam que a existência de cargos de confiança havia sido totalmente desvirtuada na Imprensa Oficial e apresentavam três reivindicações centrais:
1. Reversão das demissões dos aposentados;
2. Fim das perseguições políticas aos conselheiros Rivaldo Picanço e Sarvio Nogueira Holanda;
3. Readmissão de todos os funcionários de carreira demitidos.


Defendemos que os empregados da Imprensa Oficial têm o direito de organizar-se internamente. É necessário retomar a tradição de representação que marcou a vida da empresa em anos recentes. Os próprios funcionários devem decidir, soberanamente, de que maneira as comissões sindicais de jornalistas e gráficos e o Crei poderão ser reconstituídos.



Um caso exemplar



A demissão de representantes dos trabalhadores tem como objetivo intimidar os funcionários e atacar suas formas de organização. O companheiro Rivaldo Picanço, por exemplo, foi duas vezes presidente do Crei e ocupava ainda o cargo de conselheiro quando foi demitido. Depois de longo processo, foi reintegrado, por decisão da Justiça do Trabalho.
Rivaldo tem uma trajetória em defesa dos funcionários e do caráter público da Imprensa Oficial. Entre outras iniciativas que tomou, à frente do Crei, podem ser citadas: a negociação do Convênio Caixa do Trabalhador, parceria entre a Caixa Econômica Federal e empresas públicas, que viabilizou a compra de casa própria por parte de funcionários da Imprensa Oficial; o projeto de regulamentação do uso do cigarro e tratamento do tabagismo para os trabalhadores da empresa; ações como a instituição da Semana da Consciência Negra na Imprensa Oficial, com debates sobre questões relacionadas ao movimento negro.
Sua atuação em favor da Imprensa Oficial como empresa pública pode ser citada em pelo menos duas ocasiões importantes: a luta pela rejeição de projeto de lei, apoiado por grandes empresários, que acabava com a obrigatoriedade de publicação dos balanços das empresas no Diário Oficial; e a discussão sobre mudança do estatuto da empresa, para que pudesse passar a editar livros.
No primeiro caso, Rivaldo foi convocado pela própria empresa em 2000 para ir a Brasília, onde debateu com parlamentares, particularmente com a relatora do processo, deputada Luiza Erundina. O projeto não passou, ficando mantida a publicação legal, até hoje a maior fonte de receitas da Imprensa Oficial. No que se refere à segunda questão, diante de resistências à alteração do objetivo social, por parte de deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo, Rivaldo foi novamente convocado pela empresa, mesmo não sendo mais presidente do Crei, para ajudar a convencer os parlamentares sobre a importância da transformação da gráfica oficial em editora. As duas ações contribuíram para a manutenção ou ampliação de serviços públicos e de postos de trabalho.
De maneira mais ampla, Rivaldo coordenou em 2001 a defesa do professor Celson Ferrari, presidente do Conselho dos Representantes dos Empregados do Dersa, que foi perseguido por denunciar o conluio para a concessão (privatização) dos pedágios paulistas.


3) Assédio moral e desmonte do Diário Oficial


Em agosto deste ano, os jornalistas que trabalham na edição dos atos publicados no Diário Oficial tiveram cortado seu acesso à internet. Além do absurdo da decisão em si, não houve sequer uma comunicação prévia que explicasse as razões da esdrúxula medida. Os jornalistas chegaram para trabalhar e simplesmente perceberam que haviam perdido o acesso à rede mundial.
Indignados, os colegas tentaram obter informações a respeito, e ouviram explicações de que se tratava de medida de segurança, para evitar a entrada de vírus na rede doDiário Oficial. Justificativa mais do que estranha, porque a empresa apregoa ter alto nível de especialização em tecnologia da informação. A decisão de corte da internet é uma medida inaceitável de discriminação, já que atinge apenas uma parte dos funcionários. Constitui uma forma de assédio moral no trabalho.
Outras iniciativas mostram que o futuro dos profissionais que trabalham na edição dos atos oficiais é nebuloso. Há anos, ocorre um esvaziamento do setor, por meio de transferências ou demissões de jornalistas, o que sobrecarrega os que permanecem. Em novembro, a jornalista que ocupava há mais de dez anos a função de secretária gráfica foi demitida, sob a alegação de que “não tinha o perfil para a função”. Esse desmonte sistemático do trabalho de edição dos atos doDiário Oficial traz insegurança e inquietação aos profissionais, causando-lhes danos físicos e morais e prejudicando o desempenho de suas atividades.
A empresa busca atualmente os meios de acabar com a edição impressa do Diário Oficial, que passaria a ser publicado exclusivamente na internet. Os jornalistas não se opõem a essa mudança, mas defendem que não haja perda de qualidade do material publicado, ou seja, que a empresa mantenha o trabalho de edição jornalística dos atos. Sem isso, a consulta ao Diário Oficial pela internet se tornará extremamente difícil para a população em geral. A organização dos atos e sua publicação de acordo com as normas vigentes, definidas por legislação estadual, são indispensáveis.
O trabalho dos editores é fundamental para assegurar um dos princípios que justificam a existência do Diário Oficial: dar publicidade aos atos e iniciativas do Estado, para que sejam de conhecimento geral.


4) Pauta para a mesa-redonda


Diante dessa situação, uma primeira iniciativa foi a solicitação da mesa-redonda na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Ao apresentar o pedido da mesa-redonda, o Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato dos Trabalhadores Administrativos sugeriram uma pauta para discutir os seguintes pontos:


• O fim do desvio de função e da situação em que ocupantes de cargos de confiança exercem funções técnicas;


• Que os sindicatos participem da discussão do novo plano de carreira dos funcionários;


• O fim das várias práticas de assédio moral e das perseguições políticas;


• Adoção da licença-maternidade com seis meses de duração;


• Readmissão dos funcionários de carreira demitidos, entre os quais os 59 aposentados que foram sumariamente dispensados em 2005.


Dezembro de 2009



Última Atualização (07 de janeiro de 2010)


Daqui http://www.sjsp.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2648&Itemid=1