“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Nacionalmente paulistana


28/02/2012 — Ivson

Parece que, afinal, teremos alguma animação nas eleições municipais marcadas para outubro. Com a entrada de José Serra na campanha pela prefeitura de São Paulo, o pleito ganha emoção, pelo menos na capital paulista. A disputa também provocará as costumeiras cascatas e análises malucas do colequinhas, que tanto nos divertem.
A primeira análise doida, aliás, já está rolando. É a tal “nacionalização” da eleição paulistana. É certo que estarão lá brigando Serra e Nove-Dedos, este representado pelo cambono Fernando Haddad, mas não haverá nacionalização alguma dos assuntos a serem debatidos, pelo menos se tiver sobrado algum bom-senso ao Serra.
Veja, qual o maior problema de agora quase-candidato tucano? Errou quem disse as acusações fartamente documentadas contidas no livro “Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr (como a maioria esmagadora do eleitorado acha que político é ladrão mesmo, as acusações do tipo não causam qualquer frêmito no cidadão). O obstáculo maior é a lembrança ainda vida na memória do eleitor paulistano da rasteira que levou do tucano em 2006, quando este abandonou a prefeitura para disputar o cargo de governador de São Paulo, mesmo tendo assumido diante das câmeras – e até assinado um documento – dizendo que terminaria o seu mandato (recorde aqui).
Assim, se tentar nacionalizar a eleição, Serra se verá diante das acusações de que, ao discutir as questões nacionais e não o buraco em Vila Olímpia, está mesmo é pensando em ser novamente candidato a presidente em 2014. Na verdade, quem deseja nacionalizar a campanha paulistana são os veículos de comunicação e os seus analistas políticos, babando pela enésima oportunidade de derrotar, nem que seja em pleito municipal, aquele a quem consideram o belzebu em forma de político, o Nove-Dedos.
Vamos ver se conseguem dessa vez.
http://coleguinhas.wordpress.com/2012/02/28/nacionalmente-paulistana/

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Tucanagem


A proposta de venda do BB no acordo com o FMI

Por Waldyr Kopesky
Acordo de 1998 com o FMI referendava compromisso de "alienar" BB, CEF e BNDES
Nassif, viu isso? É a minuta de um "Acordo Stand By" do Brasil com o FMI à época (1998), comprometendo-se a fazer ajustes fiscais e medidas regulatórias futuras no sistema financeiro nacional que incluiriam a privatização de estatais (com seus ativos incluídos) como BB, CEF e até mesmo o BNDES! Isso em troca de mais linhas de crédito junto à instituição, o que apenas aumentaria ainda mais a dívida externa brasileira e reduziria drasticamente a estrutura governamental de ação e regulação junto ao sistema financeiro - justamente o que nos salvou da crise de 2008. O documento todo é explosivo (pelo tom de submissão e complacência), mas vale citar o item 18:
"...Com determinação, o governo dará continuidade à sua política de modernização e redução do papel dos bancos públicos na economia. O Banco Meridional uma instituição federal foi privatizado em 1998 e, em 1999, o sexto maior banco brasileiro, o BANESPA, agora sob administração federal, será privatizado. Ademais, o Governo solicitou à comissão de alto nível encarregada do exame dos demais bancos federais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, BNB e BASA) a apresentação até o final de outubro de 1999 de recomendações sobre o papel futuro dessas instituições, tratando de questões como possíveis alienações de participações nessas instituições, fusões, vendas de componentes estratégicos ou transformação em agências de desenvolvimento ou bancos de segunda linha. Essas recomendações serão analisadas e decisões serão tomadas pelo Governo antes do final do ano, sendo que as determinações serão implementadas no decorrer do ano 2000..."
O link para o texto inteiro é esse:http://www.fazenda.gov.br/portugues/fmi/fmimpe02.asp
É grave a revelação desse documento, pois deixa claríssimo as reais intenções do governo de então em relação ao que ele imaginava ser o futuro do País, não acha? E desmonta todo o discurso de que a política de Lula seguiu à risca a cartilha econômica de FHC e que, esta, nos levaria inequivocamente à posição e cenário privilegiados do Brasil, hoje...
P.S.: aliancaliberal, um detalhe: atacar a fonte para desqualificar a denúncia é desespero - e defender o indefensável dessa forma é condenar a sua reputação de isento em nosso meio...Será que vale a pena?
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-proposta-de-venda-do-bb-no-acordo-com-o-fmi

sábado, 18 de fevereiro de 2012

“Existem duas opções na vida: Se resignar ou se indignar, e eu não vou me resignar, nunca”


Mensagem que circula na internet prega a moralização da atividade parlamentar

O jornalista Nilo Braga nos envia uma mensagem que está correndo celeremente pela internet, pedindo que cada um que leia, se concordar com seus termos, a repasse por e-mail.
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Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços e pedir a cada um deles para fazer o mesmo.
Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.
Lei de Reforma do Congresso para 2012 (emenda da Constituição)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente do mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS. Todo a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Congresso deve pagar seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.
5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem ao povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.
Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.
A hora para esta emenda na Constituição é agora. É assim que poderemos consertar o Congresso.
Se você concorda com o exposto, REPASSE, Se não, basta apagar.
“Existem duas opções na vida: Se resignar ou se indignar, e eu não vou me resignar, nunca”

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Olga Benário Prestes


Há exatos 70 anos, em fevereiro de 1942, Olga Benário Prestes foi morta no campo de concentração de Revesnbruck. Ela, grávida, foi presa no Estado Novo de Vargas e entregue à Alemanha nazista pelo então chefe de polícia, Felinto Muller. Era acusada de ser “comunista judia” e deu à luz na prisão. Ciente de seu fim, Olga, aos 34 anos, deixou comovente carta de despedida:”É impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais a estreitarei em meus braços. Queria poder pentear-te, fazer-te as tranças... Choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça. Preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chega".

Chico Alencar
www.chicoalencar.com.br