“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”
Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Farisaismo tucano exposto em artigo por José Serra


Copiado do blog do Zé Dirceu

Publicado em 10-Nov-2011
No uso do espaço sempre generoso que lhe é conferido pelo jornal O Estado de S.Paulo, José Serra, o presidenciável da oposição duas vezes derrotado em eleições nacionais (2002 e 2010), em artigo publicado hoje sob o título "A democracia da competência", volta à catilinária de sempre.

Diz que é preciso profissionalizar o Estado brasileiro estimulando a competência no serviço público e criar as condições para isso. Escreve, também, que é necessário acabar com o loteamento dos cargos de livre nomeação, os chamados cargos em comissão.

Quer dizer, refere-se à montagem da máquina pública que, quando feita por governos do PSDB é "preenchimento de cargos de confiança"; quando feita por gestões do PT é chamada por eles de "aparelhamento" e "inchaço" da administração pública.

José escreve sem lembrar o que fez no passado

Pelo que escreve, nem parece que José Serra fez o mesmo na Prefeitura de São Paulo (foi prefeito por 1 ano e quatro meses) e no governo do Estado (por 3,5 anos); não parece que ele integra o PSDB que foi contra o fim das nomeações para cargos de confiança quando o assunto foi discutido na Assembleia Nacional Constituinte; não parece ter sido ele um dos relatores da área de Economia da Constituinte, por onde o assunto passou; e nem parece ter sido ele integrante do governo FHC como ministro duas vezes, por 8 anos.

Justamente daquele governo que esculhambou o Estado brasileiro com a teoria deles de Estado mínimo. Como vocês vêem, esse artigo de José Serra é pura hipocrisia já que ele não praticou o que prega no texto enquanto foi prefeito e governador .

Pelo contrário, ele mesmo nomeou para administrações regionais na capital, ex-prefeitos paulistas derrotados nas urnas, como o ex-petista José Augusto, que havia governado Diadema (ABCD paulsita).

Adeptos do "façam o que eu digo, não o que faço"

Uma prática, lembrem-se, que ele repetiu quando governador de São Paulo (2007-abril de 2010), nomeando auxiliares sem critérios profissionais ou técnicos. Ele, sim, loteou o secretariado entre os partidos que o apoiavam na Assembleia.

Seus critérios, aliás, tampouco são seguidos por seus companheiros tucanos como o hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG) quando governou Minas de 2003 a 2010, ou pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que nomeou até um irmão para uma supersecretaria.

http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&&id=13746&Itemid=2

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